A Fifa apresentará a seu Conselho, em 10 de janeiro, quatro propostas para alterar a fórmula de disputa da Copa do Mundo, a partir de 2026.
Em uma delas, o torneio teria 40 participantes e passaria de 64 jogos no modelo atual com 32 seleções para 88 partidas, nos mesmos 32 dias – aumento de 37% de confrontos.
Os times, entretanto, manteriam os sete jogos para ser campeão, já que esse formato, o de número 1 no documento apresentado dia 19 de dezembro às associações filiadas, teria uma fórmula que tornaria a competição dificílima:
– os 40 classificados seriam divididos em oito grupos de cinco equipes cada, onde todos se enfrentariam dentro da chave. Somente o vencedor de cada grupo avançaria para as quartas de final, a partir daí em sistema eliminatório até a decisão – seria extinta as oitavas de final.
Uma das reclamações daqueles que são contra o aumento do número de participantes é a de que os atletas, que já jogam o Mundial desgastados porque a maioria está em final de temporada na Europa, poderiam ter ainda mais cansaço e risco de lesões em um torneio inchado.
O formato número 1, com 88 jogos, não é o preferido da Fifa. O presidente, Gianni Infantino, tem como predileto um torneio com 48 seleções, em que sejam disputadas 80 partidas. Seriam 16 grupos com três times cada, avançando os dois primeiros de cada para uma segunda fase, já mata-mata. Depois seriam oitavas, quartas, semi e final.
A Fifa diz que esse modelo, economicamente, é o mais vantajoso, porque tem jogos mais interessantes por mais tempo. Se questiona no modelo atual partidas da primeira etapa que não valem nada, perdem audiência e, consequentemente, irritam os patrocinadores.
Veja abaixo os quatro formatos que serão apresentados ao Conselho da Fifa em janeiro, que escolherá a melhor opção ou votará pela manutenção da fórmula atual, com 32 seleções (o que é improvável que aconteça):
1 – 40 equipes, com 88 jogos em 32 dias. Os classificados seriam divididos em oito grupos de cinco equipes cada, onde todos se enfrentariam dentro da chave. Somente o vencedor de cada grupo avançaria para as quartas de final, aí em sistema eliminatório até a decisão – seria extinta as oitavas de final.
2 – 40 equipes, com 76 jogos em 32 dias. As seleções seriam divididas em 10 grupos com quatro times cada, onde todos se enfrentariam dentro da chave. Os primeiros de cada grupo, mais os seis melhores segundo colocados, avançariam para as oitavas de final, seguindo em mata-mata até a decisão.
3 – 48 equipes, com 80 jogos em 32 dias (mais 6 ou 7 dias, antes da fase de grupos, para as eliminatórias). 16 seleções estariam automaticamente na fase de grupos, e as demais 32 disputariam mata-mata, em jogo único, para se garantir nas chaves. Após isso o formato seria idêntico ao atual, oito grupos de quatro, os dois primeiros avançando para o mata-mata. Se uma seleção vinda do qualificatório chegasse à final, faria oito, e não sete jogos como hoje, para ser o campeão.
4 – 48 equipes, com 80 jogos em 32 dias. 16 grupos com três times cada, avançando os dois primeiros de cada para uma segunda fase, já mata-mata, antecedendo as oitavas de final. Na primeira fase, para evitar “marmelada” com resultados combinados numa última rodada que beneficiasse ambos os times, a Fifa colocaria disputa de pênaltis em todas as partidas, para apontar aquele ganhador dos três pontos.
O Conselho da Fifa também analisará em 10 de janeiro se mais de um país pode vir a ser sede da mesma Copa do Mundo, a partir de 2026. Isso já aconteceu, em 2002, quando Coreia do Sul e Japão foram os anfitriões, mas a partir de 26 passaria a ser regra, para economizar na construção de estádios e infraestrutura necessária para ser sede de uma Copa do Mundo.
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