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Uma vitória da gestão e diplomacia de Eduardo do Incra sobre a política

Por
Nelson Liano Jr.


O jovem advogado Eduardo Ribeiro de 31 anos assumiu a superintendência do INCRA no Acre sob a desconfiança de parte dos funcionários. O órgão esteve comandado por indicados do PT durante anos. Quando houve a mudança no Governo Federal, depois do impeachment da presidente Dilma(PT), o cargo passou a ser da cota de indicações do PMDB. Isso gerou um clima de discórdia porque queriam que a superintendência fosse entregue a um funcionário de carreira. No entanto, Eduardo conseguiu aos poucos com diplomacia mostrar ao corpo técnico do INCRA que estava ali para fazer gestão e viabilizar os projetos de reforma agrária no Estado. Seis meses depois o superintendente garante que os servidores estão trabalhando em harmonia. A razão principal da mudança é o respeito e a capacidade de ouvir de Ribeiro que gosta de afirmar: “Temos uma das melhores equipes técnicas do INCRA do Brasil. Inclusive servindo de exemplo para outras unidades que nos consultam sobre uma série de questões”.



Entraves burocráticos
Uma outra batalha que se apresentou para Eduardo Ribeiro foram os bloqueios de um sistema de informática criado para dirimir contradições de assentados. Segundo ele, isso tem prejudicado o trabalho de emissão de títulos e de garantia os direitos a produtores rurais. A leitura fria dos dados, às vezes, é contraditória com a complexa realidade dos assentados.


A saída
O superintendente do INCRA criou grupos de trabalhos de funcionários para participarem de cursos de capacitação para desbloquear os entraves do sistema. Para se ter ideia do problema 80% dos beneficiários da Reforma Agrária tiveram dados conflitantes. Assim Eduardo espera superar os problemas e garante que em 2017 o INCRA deverá emitir mil novos títulos definitivos de propriedade em áreas de assentamento. Isso viabiliza o crédito aos produtores e a entrada de mais de R$ 10 milhões no mercado do Estado.


Resultado da gestão
Ribeiro conta que para chegar a resultados mais satisfatórios da Reforma Agrária no Acre, a sua equipe, conseguiu 50 mil hectares de terras devolutas da União. Essas áreas permitirão contemplar novos produtores rurais. Ele também contabiliza a vitória de uma demanda complexa na Baixa Verde, em Senador Guiomard. Os assentados receberam inicialmente dois hectares e tinham um extensa área de produção coletiva que não se viabilizou na prática. Através das negociações com os assentados o espaço coletivo foi rateado entre todas as famílias que contam agora com mais 6,5 hectares para trabalharem. Também a concessão do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural para mais de 7 mil pessoas é considerado uma vitória da equipe de técnicos do INCRA, por Eduardo.



Boas perspectivas
Quando se refere à sua missão no INCRA, Ribeiro, gosta de afirmar. “É preciso muita responsabilidade nessa área agrária que envolve o interesse de milhares de pessoas no Estado. Mesmo com as limitações financeiras do órgão, superada pelo esforço dos nossos funcionários, conseguimos avançar muito. Temos as melhores expectativas para o próximo ano, sobretudo, conseguindo sanar o bloqueio do sistema. Tenho certeza que conseguiremos um ano muito produtivo para a Reforma Agrária do Acre,” garantiu.


Tarauacá: a eleição que não terminou
Recebi informações de que as divergências entre a equipe da prefeita eleita Marilete Vitorino (PSD) e do atual Rodrigo Damasceno (PT) estão se aprofundando. Segundo uma fonte, Rodrigo teria doado uma série de imóveis da prefeitura a diversas entidades. Além de ceder terras municipais. Contratado concursados que esperavam desde 2014 para serem chamados, entre outras ações que, teoricamente, podem comprometer o inicio da gestão da nova prefeita.


Contradições
Eu estive recentemente em Tarauacá e o que se nota é que o prefeito Rodrigo fez uma boa gestão. Mas que se perdeu politicamente nas relações com a população. Uma gestão aprovada pelas suas ações e uma rejeição popular enorme ao prefeito. Tanto que sofreu uma derrota nas urnas significativa.


“Guerra” histórica
A política em Tarauacá sempre foi muito disputada. Não só entre partidos da oposição com a FPA, mas nas próprias divergências entre o PT e o PC do B. O grupo político que perde a prefeitura se mantém “armado” até os dentes nas críticas à gestão que assume. Seja do PT ou da oposição, o comando da prefeitura sempre estará na berlinda no município e enfrentará forte oposição.


A hora do cachimbo da paz
Rodrigo Damasceno é um jovem político com muita estrada ainda pela frente. Provou ser um bom gestor. Talvez devesse usar a diplomacia para estabelecer uma nova relação com o grupo político que ganhou a prefeitura. Deveria quebrar esse paradigma de oposição e crítica radical que têm sido a tônica das trocas de comando em Tarauacá. Num momento de crise política e econômica que assombra o país o melhor é procurar o caminho do diálogo. Mesmo porque existem dois tipos de derrotas, aquela que se perde perdendo e a que se perde aprendendo mais e se preparando para novos passos na vida política.


Pomo da discórdia
Pelas informações que tenho será intensa a disputa pela presidência da Câmara Municipal em Tarauacá. Os partidos da FPA conseguiram eleger o mesmo número de vereadores dos outros partidos. Ali pode residir uma armadilha para a prefeita eleita Marilete Vitorino desarmar. Mas convenhamos, a quem interessa uma briga política que pode inviabilizar a gestão do município? Garanto que a população do município seria a maior prejudicada. Como diz o velho filósofo chinês: Muita calma nessa hora minha gente. Muitas eleições ainda virão e qualquer derrota pode ser passageira se as pessoas aprenderem as suas lições…


Puro talento acreano
A coluna de hoje abre espaço para o talento de Dim, o melhor chargista do Acre. Ele foi e continua sendo o professor das novas revelações na diagramação, charge e designer gráfico. Com traços perfeitos, singulares e irônicos do Dim faz um tributo ao goleiro Weverton e ao presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT), dois jovens que saíram de uma infância pobre para se destacarem em suas áreas de atuação. Weverton é o cara embaixo das traves, enquanto Ney Amorim vem marcando gols de placa na política e no comando do Poder Legislativo Estadual.


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Nelson Liano Jr.

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