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Ufac pode ser investigada por suposta irregularidade em pagamento de bolsas

Estudantes da Universidade Federal do Acre (Ufac) denunciam que as bolsas de auxilio financeiro aos acadêmicos estariam sendo pagas de forma irregular. Isso porque editais como o Pró-Inclusão (destinado a cotistas) e o de Tutoria (para os que acompanham os novos alunos) não estariam vigorando simultaneamente.


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Para o estudante do curso de psicologia, André Calixto, os dois editais não podem ser executados sozinhos. “Eles precisam ser lançados e pagos igualmente. Como pode um novo acadêmicos receber e ser acompanhado se não há tutores selecionados. É ilegal fazer isso. É um erro muito grave da Ufac e isso precisa ser resolvido”, reclama.


O estudante explica que o auxílio para os novos acadêmicos precisa ser repassado ao início do semestre, isso porque durante o período de aulas que eles vão executar atividades. “O pior disso é que estão pagando as bolsas sem que haja uma atividade. Eles só comunicam que precisa ir assinar as listas, mas não tem nenhuma atividades para eles executarem”, completa.


O caso foi parar no Ministério Público Federal (MPF) que, acionado por André e outros estudantes da universidade, poderá abrir, nos próximos 30 dias, procedimento para investigar a administração da Ufac. Uma série de documentos devem ser levados ao conhecimento do MPF, isso para comprovar irregularidades por parte da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis.


A estudante de história, Ana Paula Silva, também relatou a mesma situação. Ela explica que perdeu o auxilio de tutora com o fim do semestre e que, com o novo, iniciado em novembro, ainda não conseguiu concorrer novamente. “A gente tem medo de denunciar e ficar marcado aqui dentro. Mesmo que as seleções sejam pelos coeficientes da gente. Mas o que estão fazendo é grave. Estão nos prejudicando”, denuncia.


Sobre a situação, um comunicado oficial da instituição informa que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) ainda não efetuou o repasse total de recursos financeiros para o pagamento de todas as bolsas e os auxílios estudantis, e que, diante disso, trabalha para que haja a liberação dos valores necessários à quitação das bolsas atrasadas.


Ainda no comunicado, a Ufac esclarece que, diferente do que os estudantes denunciam, a contrapartida deve ser dada pelos tutores, e não pelos bolsistas que recebem o auxilio de inclusão. A instituição também nega que seja obrigatória o lançamento dos editais de tutoria simultâneo ao de inclusão, visto que os fins são distintos.


“Dessa maneira, incluindo as atividades explicitadas em edital, que são exigências para a manutenção do recebimento da bolsa, observa-se que os bolsistas as estão cumprindo, inclusive no tocante ao cronograma para participação no Programa de Tutoria, que previa atividades até outubro de 2016”, destaca.


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