Ainda que tenha a segunda maior população do Estado do Acre, com mais de 82 mil habitantes, o município de Cruzeiro do Sul está longe de viver o crescimento vertiginoso da criminalidade, como acontece na capital, Rio Branco. A razoável tranquilidade cruzeirense pode ser atribuída a dois fatores: a geografia da região, que proporciona às polícias agilidade na hora de bloquear as possíveis rotas de fuga dos criminosos, e a eficiência do trabalho dos agentes de segurança pública, conforme faz questão de ressaltar o comandante do 6º Batalhão da PM no município, Major Lázaro Moura.
Até novembro deste ano, houve 16 homicídios na cidade, seis a mais que o total de casos registrados no ano passado. Já as tentativas de homicídio somam 22, contra 21 do mesmo período de 2015.
“Muitas das ocorrências envolvendo homicídio ou tentativa de homicídio acontecem no interior das residências ou em locais ermos da zona rural, onde o trabalho de prevenção da Polícia Militar se torna impraticável”, assegurou o Major Moura à reportagem do ac24horas.
Os roubos aumentaram de 130 casos, em 2015, para 144 este ano. E os furtos saltaram de 220 para 259. As lesões corporais apresentaram alta bem mais modesta: de janeiro a novembro de 2015 foram registrados 97 casos, contra 103 no mesmo período deste ano.
Mas nem todos os delitos apresentaram aumento. É o caso das ameaças, que apresentaram redução de 7,28% entre 2015 e 2016, segundo o chefe da Seção de Análise Criminal do 6º Batalhão, tenente Olavo Teles. Foram registradas 206 ameaças em 2015, contra 191 neste ano.
A violência doméstica também diminuiu, segundo o levantamento da PM de Cruzeiro do Sul: foram 195 casos em 2015, contra 164 até novembro de 2016 – uma diminuição de 15,89%.
E com o reforço do policiamento ostensivo nas ruas, na chamada Operação Papai Noel, o comandante do 6º Batalhão acredita que a população cruzeirense poderá ir às compras em segurança.