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A rapadura é doce, mas não é mole. A comprovação é o projeto de construção do centro administrativo do governo do Acre, obra que prevê investimento de 280 milhões de reais na edificação de prédios que serão alugados para o funcionamento, em um mesmo local, de vários órgãos públicos da administração estadual. A iniciativa foi apresenta pelos seus defensores, como solução definitiva para economizar na manutenção de prédios particulares que abrigam diversas secretárias. O advogado e vereador eleito Roberto Duarte Júnior é um dos políticos de oposição que questiona a legalidade das garantias oferecidas pelo chefe do Poder Executivo para o contrato de aluguel de 20 anos com a empresa que executará o projeto.
Para Duarte, entre as 34 propriedades do Estado que foram colocadas como garantia do contratado de locação, algumas passaram pelo projeto de regularização fundiária promovido pelo próprio governo. Portanto, o Estado estaria oferecendo “propriedade alheia” para firmar um contrato com o Grupo Venâncio, suposta empresa que desenvolveu o projeto e teria todas as licenças dos órgãos ambientais, prefeitura e RBTrans. Inclusive, um representante da empresa assistiu à votação do projeto nas galerias do Poder Legislativo. “Existem imóveis relacionados naquela legislação que supostamente não mais pertencem ao Estado. O governo não pode alienar imóveis que não mais são de sua propriedade”, diz o advogado.
Roberto Duarte informa que estaria fazendo uma análise minuciosa das sobre possíveis ilegalidades do projeto de lei de autoria da atual administração, no âmbito constitucional e se houver alguma irregularidade ou inconstitucionalidade, ele vai questiona-la no judiciário. O advogado destaca ainda que provocará a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Acre para que a iniciativa do Poder Executivo seja analisada no órgão representativo dos advogados. “Precisamos assegurar os direitos das populações tradicionais e dos pequenos produtores que construíram suas vidas nos locais oferecidos como garantia. Todos os pontos precisam passar por um profundo estudo para que não restem indícios de irregularidades”, diz Duarte.
O deputado federal Major Rocha (PSDB) informa que também estaria entrando com um pedido junto ao Ministério Público Federal (MPF) para que seja feita uma apuração do passo a passo do projeto para construção do centro administrativo. O tucano também questiona a validade dos títulos distribuídos aos moradores de algumas das áreas que foram oferecidas como garantia pelo Estado. Para Rocha, as famílias que residem nas áreas que constam no projeto correm um sério risco de despejo, caso algum tipo de problema possa inviabilizar o cumprimento do contrato de 20 anos de aluguel. “Como fazem propaganda que as pessoas estavam recebendo documentos de suas propriedades e depois oferecem as terras como garantia em um projeto?”, questiona o parlamentar.
Dirigindo, abrindo a porta e cobrando
Os motoristas de ônibus vão continuar assobiando, chupando cana e fazendo malabarismo. Os profissionais do volante que quiserem manter o posto de trabalho precisam se acostumar a dirigir e cobras as passagens. A Câmara de Rio Branco chegou a aprovar um projeto por 7 votos a 6 obrigando as empresas a contratarem cobradores, mas a matéria foi vetada pelo prefeito Marcus Viana (PT). Depois que o veto foi devolvido para o Poder Legislativo do município, os mesmos vereadores legislaram contra o próprio voto e decidiram manter o veto do prefeito. Resultado, os motoristas devem continuar dirigindo, abrindo as portas e cobrando as passagens. Duro deve ser chegar ao ponto final de cada linha e ficar a mercê da possível ação de criminosos, sem ter com quem dividir a aflição.
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