Participei da entrevista coletiva do presidente ALEAC, deputado Ney Amorim (PT), nesta sexta, 16. Pela conversa com os jornalistas Ney é realmente uma das alternativas da FPA para a disputa do Governo do Estado, em 2018. A outra possibilidade é o atual prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), ser o candidato. Mas os dois jovens políticos petistas parecem estar em entendimento. Então quem for o candidato terá o apoio do outro. Ney deixou claro que aceitará novos desafios na sua carreira política se for convidado. Isso se refere à disputa do Senado. Na realidade a FPA não irá entregar o Governo do Estado de “bandeja” à oposição como se imagina. Não entrará derrotada no pleito. Perguntei para o presidente da ALEAC, se mudaria para outro partido da FPA, caso seja necessário, devido ao desgaste do PT. Ele deixou claro que passou a vida militando nas fileiras petistas e tem grande identificação com a legenda. Mas não fechou de forma alguma essa possibilidade.
Enquanto isso na oposição…
O nome do momento é o do senador Gladson Cameli (PP). Tudo indica que irá para a disputa em 2018. Mas algumas questões têm que ser resolvidas. A primeiro será Gladson convencer a sua família e depois ter a certeza de que se vencer terá um Estado em condições para novos voos.
Alternativa
Fora Gladson, acho que um nome competitivo da oposição seria do deputado federal Major Rocha (PSDB). Para o eleitorado significaria uma mudança radical no Governo. Aos atuais gestores um “pesadelo” caso vença. Se Rocha se tornar governador não ficará pedra sobre pedra das gestões passadas do PT.
Sem caciques
De qualquer maneira acho muito bom os nomes que devem se apresentar à disputa do Governo. Marcus e Ney trouxeram oxigenação ao modo do PT fazer política. Gladson e Rocha também extrapolam o caciquismo habitual de candidatos majoritários no Acre. Deveremos assistir uma eleição eletrizante.
Aqui e lá
Quando coloco o Rocha como possível candidato é porque existe um fator óbvio. O PSDB deverá lançar um nome competitivo à presidência da República. O parlamentar acreano poderá ser o contraponto natural no Estado para dar palanque ao Alkmin (PSDB) ou João Dória (PSDB), os possíveis presidenciáveis tucanos.
Fora do páreo
O ex-deputado Márcio Bittar (PSDB) só fala em Senado. A mesma postura tem Bocalom (DEM). Os dois já tiveram várias oportunidades de se candidatarem ao Governo. Se a oposição sonha em chegar ao Palácio Rio Branco e quebrar a hegemonia do PT precisará de nomes novos para o pleito majoritário.
Nova postura
O presidente da ALEAC deverá levar os trabalhos legislativos em 2017 para o interior do Estado. O ex-presidente Edvaldo Magalhães (PC do B) teve muito êxito político quando implantou a Assembleia Aberta. Depois não soube colher os frutos que eram muitos. Mas isso já é uma outra história. O fato é que o trabalho foi um sucesso.
Mais vivo do que nunca
As recentes pesquisas da DataFolha mostram que Lula (PT) ainda tem um percentual alto de intenção de votos. Se acuado com vários processos e denúncias, Lula, ainda seria o primeiro colocado no primeiro turno, imaginem se sair livre de todas as acusações?
Além do PT
Para o povão Lula não é o PT, Lula é Lula. Não é de esquerda e nem de direita. Se o deixarem falar acredito que com os atuais presidenciáveis ainda ganharia a disputa, em 2018. Mas será muito difícil escapar de todas as cascas de bananas no seu caminho.
Jaguatirica
Acho uma estupidez o preconceito contra a ex-senadora Marina Silva (Rede). Assisti a uma entrevista dela para a jornalista da Globo News Miriam Leitão. Marina falou com conhecimento de economia e política. É impressionante como a ex-seringueira de Xapuri adquiriu tanto conhecimento. Fala com propriedade de todos os temas nacionais e internacionais.
Bloqueio
Mas acho muito difícil Marina vencer uma eleição presidencial. Justamente porque a sua figura de mulher, negra e de origem humilde desperta muitos preconceitos. Criaram uma imagem pré-concebida da acreana que será difícil de mudar.
Diretas já
Marina voltou a defender uma eleição direta para a escolha de um novo presidente para o mandato tampão até 2018. O respaldo popular realmente seria fundamental para se fazer as reformas que o país precisa. Mas, na minha opinião, se for para termos uma eleição indireta via Congresso Nacional é melhor deixar o Temer (PMDB).
Tudo como está
No bojo dos processos eleitorais de 2016 ainda existem dois em andamento. Um contra o prefeito eleito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (PMDB) e outro de Marilete Vitorino (PSD) de Tarauacá. Eles foram diplomados na quinta e sexta desta semana. Um indicativo de que dificilmente serão cassados. Resta saber se Ilderlei e Marilete conseguirão atender as necessidades e as expectativas das populações dos municípios que vão governar em tempos de vacas magras.
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