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Jorge Viana deu uma aula de habilidade política

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

O senador Jorge Viana (PT) entre salvar a sua imagem e atender os apelos da ala do rancor do seu partido no Senado, como Linderberg, Gleisi e companhia limitada, fez a primeira opção. A sua ação de assinar o manifesto a favor do presidente Renan Calheiros (PMDB) de só acatar uma decisão do pleno do STF e articular junto aos ministros do STF uma saída alternativa, de tirar Renan da linha da sucessão, mas o manter na presidência, não só deu certo, como salvou o governo Temer. E como salvou? Se o Jorge tivesse assumido a presidência, bastaria brecar a votação das duas espinhas dorsais da política econômica do Temer, como queria o seu partido, a PEC do teto de gastos e a PEC da Previdência. Com Renan continuando presidente as duas matérias vão tramitar e serão aprovadas. Jorge foi tratado por Renan como “instituição não partidária”, pelo ato ao seu favor. O senador Jorge Viana  ocupou todos os espaços na mídia nacional e recebeu comentários positivos dos maiores analistas de política de que o seu gesto evitou o agravamento de uma crise institucional. Jorge de uma aula de habilidade política. E o seu gesto deve ser também entendido como uma defesa da Instituição Senado Federal. Foi a figura política mais comentada do Brasil na última semana e sempre manchete.


Caminho do Marcus
O senador Jorge Viana (PT) está seguindo o caminho do prefeito Marcus Alexandre, de marcar seu próprio território e não colar a sua imagem na ala autoritária do seu partido, no Acre, porque precisará mais de que os votos petistas para se eleger a senador em 2018.


Matou o movimento
 Já havia todo um movimento articulado dentro da oposição para um grande protesto na Câmara Municipal de Rio Branco, no dia que fosse anunciado o reajuste salarial dos novos vereadores e do prefeito. Marcus Alexandre cortou o barato: quer seu salário inalterado.


 Campeão da grana
Com essa esperta manobra política, o prefeito do maior colégio eleitoral do Acre, Marcus Alexandre, vai receber menos do que o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (PMDB), que será o prefeito a ter o maior salário do estado: exatos 26 mil reais mensais.


Licitação tem que acontecer
Andei conversando com alguns empreiteiros que conhecem bem a lei de licitações e todos afirmando que a obra do “Centro Administrativo” que o governo quer contratar terá de ser licitada. Todos questionam a secretária Márcia Regina que pode ser feita sem uma licitação.


Grande destaque
O deputado Daniel Zen (PT) é sim o grande destaque da bancada da FPA na Assembléia Legislativa. Não fossem as suas intervenções seguras na defesa do governo, este teria levado uma sova sem tamanho da bancada da oposição nos debates da Assembléia Legislativa.


Uma figura solitária
Neste período legislativo que se encerra na próxima semana na Aleac, o que se viu nos debates do plenário foi o deputado Daniel Zen (PT) na maioria das vezes solitário na defesa dos atos do governador e dos seus secretários. A bancada governista é amplamente majoritária na casa.


Não foi o candidato
O prefeito de Senador Guiomard, James Gomes, não está morto porque não conseguiu eleger seu sucessor. Ainda assim  transferiu muitos votos para um candidato a prefeito sem identidade com Senador Guiomard. James pode ser um dos nomes do PP para a Aleac em2018.


Olho com dois focos
O dirigente do PP, José Bestene, tem dois focos para 2018: estar na articulação da candidatura do senador Gladson Cameli (PP) e vir a ser secretário de Saúde em caso de vitória ou disputar uma vaga de deputado estadual de olho na presidência da Assembléia Legislativa.


Não há muita certeza
Em se tratando do senador Gladson Cameli (PP) nem todos dirigentes da oposição acham que será candidato ao governo. Se depender da vontade de toda a oposição será. Mas ainda há muita água para rolar até 2018 e é muito cedo para saber como estará o cenário político.


Ficou nas sombras
O senador Sérgio Petecão (PSD) também deu seu apoio ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), mas o único que recebeu um elogio e reconhecimento público do peemedebista foi o senador Jorge Viana (PT), mesmo sendo adversário do governo Temer.


Devem estar se torcendo
Algumas figuras carimbadas do petismo regional devem estar se torcendo contra o senador Jorge Viana (PT), por viabilizar a permanência do senador Renan Calheiros (PT) na presidência do Senado, o que significa o trâmite final da PEC do teto de gastos, e a sua aprovação final.


Da boca para fora
O deputado Jesus Sérgio (PDT) vez por outra critica o governo estadual, como no caso do “Centro Administrativo”, mas na hora de votar crava junto com a bancada governista. Melhor votar sem contestar nada, como votam os deputados petistas, comunistas e os nanicos.


Heitor Junior
O que tem chamado de forma positiva a atenção no mandato do deputado Heitor Junior (PDT) é que depois de eleito, continuou com o mesmo entusiasmo na ajuda aos pacientes portadores de Hepatites, junto com a sua mulher, a vereadora eleita Elzinha Mendonça (PDT).


Bem mais difícil
Os políticos eleitos na última eleição municipal e que estão com problemas na justiça eleitoral devem torcer para que os seus casos não sejam julgados antes de suas diplomações. Ser julgado no mandato há uma série de manobras jurídicas para ir procrastinando a decisão final.


É possível que volte à política
É possível que o secretário Edvaldo Magalhães (PCdoB) saia candidato a deputado estadual em 2018, fazendo dobradinha com a mulher Perpétua Almeida (PCdoB), que será candidata a deputada federal. Podem ser eleger. Só não conseguem emplacar mandato majoritário


Desde que se articule
Com a votação que teve para prefeita de Cruzeiro do Sul, a Delegada Carla Brito, se conseguir se aglutinar em torno de um grupo forte, pode disputar uma cadeira na Aleac com boa chance.


Não tem muita influência
O fato do grupo político da deputada Maria Antonia (PROS) e do marido Francisco Deda (PROS) não terem conseguido eleger o prefeito de Rodrigues Alves, não significa um golpe nas chances da parlamentar se reeleger. Maria Antonia faz política o ano todo e é muito querida.


Bem mais organizado
O presidente do DEM, Tião Bocalon, trilha o caminho que deve ser trilhado por quem almeja um cargo majoritário: organizar o partido em todos os municípios e formar um grupo para a coordenação da sua campanha a senador. Seu erro em campanhas passadas foi sair na tora.


Vai dar trabalho
Tião Bocalon (DEM) com uma campanha estruturada vai dar trabalho aos demais candidatos ao Senado pela oposição, porque tem o perfil de adversário duro e persistente ao PT.


Grande, Pururuca!
O Dr. Jeferson, o “Pururuca”, que foi primeiro suplente de vereador e atualmente é de deputado estadual, deverá ser candidato à Assembléia Legislativa em 2018. Só não sairá pelo PRB, porque no partido as cartas estarão marcadas para a reeleição da deputada Juliana (PRB).


Limpando as gavetas
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ney Amorim (PT), vai fechar o ano com todos os projetos pendentes votados no plenário. É de se ressaltar que isso também se deve ao fato das comissões parlamentares terem funcionado não atrasando os pareceres.


Olhos voltados
Os olhos do governo estão voltados para o julgamento do próximo dia 14, no Tribunal de Justiça, que analisará se é legal ou não a rejeição à CPI da venda de casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”. O parecer do MP foi de que a CPI tem que ser instalada pela mesa diretora.


Reside no trio
Roberto Duarte (PMDB) e Lene Petecão (PSD) são os dois vereadores da oposição na próxima composição da Câmara Municipal de Rio Branco, que ainda poderão dar algum trabalho ao prefeito Marcus Alexandre. Não esperem muito mais do que isso.


Questão de prioridade
Não sou contra a figura da construção de um “Centro Administrativo” em Rio Branco, para abrigar todos os órgãos do governo estadual. Acho de utilidade. O questionamento que faço é que há coisas mais prioritárias num momento de uma grave crise econômica para o governo se preocupar de imediato, do que com essa portentosa e cara obra. O governador poderia concluir sua gestão na atual estrutura, sem nenhum problema.Temos um sistema de segurança clamando por mais estrutura operacional. Urge a construção dos hospitais de Brasiléia e Xapuri e de um maior apoio às unidades do interior. São setores com problemas a serem resolvidos. Entendo que está havendo uma inversão de prioridades. Mas se o governo pensa o contrário, cabe-me apenas discordar. E ver o que vai acontecer mais à frente.


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Luis Carlos Moreira Jorge

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