Em solenidade presidida pelo juiz eleitoral Afonso Braña Muniz, em Capixaba, cidade distante 77 km da capital, o prefeito eleito Zé Augusto e o vice, Antônio Cordeiro da Silva, vereadores e suplentes foram diplomados na noite de ontem (6) no espaço comunitário da Igreja Católica. Em seu discurso, o prefeito progressista garantiu uma gestão de diálogo e parceria.
“O desafio de administrar não é fácil, vamos dialogar com a sociedade e fazer parcerias com quem quiser se unir para devolver Capixaba à trilha do desenvolvimento” acrescentou o prefeito diplomado.
Em entrevista ao ac24horas, Zé Augusto disse que o atual prefeito, Otávio Vareda, não facilitou a transição e que a realidade econômica do município ainda é desconhecida. Vareda demitiu 28 agentes de saúde, não garantiu ainda o pagamento do décimo terceiro dos servidores públicos e está inadimplente em oito itens.
“Vamos enfrentar no primeiro mês de gestão um desafio grande na área de saúde. Os postos estão sem remédios, servidores demitidos em pleno surto de malária, a situação é desafiadora” voltou a comentar Zé Augusto.
Na zona rural, que tem 600 km de ramais, as máquinas da patrulha mecanizada estão quebradas, o prefeito visita esta semana o Deracre e o 7º BEC em busca de parcerias que possam amenizar a situação dos ramais “todos intrafegáveis”, destacou.
Cortar gastos e reduzir contratações de secretários e cargos comissionados é uma das primeiras metas para os primeiros três meses em que o progressista tentará começar a arrumar a casa. Um mutirão de limpeza está sendo planejado.
“Vamos começar limpando a cidade em todos os sentidos, com muita fé em Deus e contando com a ajuda da bancada federal nós vamos devolver a autoestima para nossa população”, concluiu.
O juiz Afonso Braña, fez uma verdadeira palestra antes de encerrar a sessão solene que contou ainda com a presença dos deputados estaduais Nicolau Júnior (PP), Jairo Carvalho (PSD) e Chagas Romão (PMDB).
“Aprenda a dizer não prefeito, para não ser preso. Prefeitura não pode dar cheque sem fundo, tudo tem que ter orçamento aprovado pela Câmara. Os vereadores representam a sociedade”, disse o juiz.