O ministro boliviano da Defesa da Bolívia, Reyme Ferreira, revelou nesta terça feira, que o piloto Miguel Quiroga, que comandava o avião que caiu na semana passada com a equipe da Chapecoense, tinha mandado de prisão expedido pela justiça daquele país.
A notícia colocou mais uma vez em evidência, a capacidade do piloto, apontado nas redes sociais, como o principal responsável pela tragédia.
Alberto Pinto (61), pai de Miguel, saiu em defesa do filho. Em uma entrevista exclusiva, ele disse que o filho saiu da Força Aérea Boliviana porque o salário não compensava.
” Elei deixou a vida militar por questão economica. Lamentavelmente o salário militar é muito baixo. Ele saiu de lá para crescer profissionalmente. Ele tinha cinco aviões e fundou uma escola de aviação para formar novos pilotos. Depois criaram essa empresa Lamia, da qual ele era sócio. Esse aviação que caiu era alugado e seria devolvido em janeiro. Eles iriam pegar aviões maiores para operar de maneira regular”, explicou o pai de Miguel.
Na cidade de Cobija (distante 240 km de Rio Branco), o piloto Miguel Quiroga é admirado. Nascido e criado em Pando, ele fez carreira militar e depois de sair do exército, fundou uma escola de aviação e formava jovens pilotos.
Apesar de ter apenas 36 anos de idade, era experiente e com formação em uma das melhores escolas de aviação da Europa, em Oxford, na Inglaterra.
Para o pai dele, Alberto Pinto, o fato do governo boliviano divulgar a existência do mandado de prisão contra o filho, em nada mancha a trajetória do profissional que foi Miguel.
Ainda segundo o pai, o piloto respondia a todos os chamados do exercito e usou dos recursos cabíveis e legais para continuar na aviação civil.
De acordo com o Ministério da Defesa da Bolívia, o piloto formado na escola de aviação daquele país, assume o compromisso de só se afastar da atividade militar quando for para a o quadro da aposentadoria, por isso a pedido do exercito, foi solicitada a prisão de Miguel, enquadrado na qualidade desertor.