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Piloto do voo da Chapecoense que caiu na Colômbia tinha pedido de prisão contra ele na Bolívia

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Com informações do G1

O boliviano Miguel Quiroga, piloto do avião da LaMia que sofreu um acidente na semana passada na Colômbia quando levava a equipe da Chapecoense, em uma tragédia que deixou 71 mortos e seis feridos, tinha um mandado de prisão por ter desertado da Força Aérea, segundo o ministro boliviano da Defesa, Reymi Ferreira.


“O capitão Quiroga, que era o piloto do avião acidentado, tinha um julgamento pendente com a Força Aérea Boliviana, tendo, inclusive, um mandado de prisão”, afirmou na segunda-feira o ministro boliviano da Defesa.


Sem alerta
Segundo um dos sobreviventes do acidente, o boliviano Erwin Tumiri, o piloto da LaMia não alertou aos passageiros sobre a situação de emergência e nem sobre a falta de combustível.


“Todos acreditávamos que iríamos aterrissar”, declarou o técnico de voo boliviano Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do acidente aéreo, durante coletiva de imprensa na segunda-feira (5) em Cochabamba (centro), onde se recupera das lesões.


“Ninguém entendeu o que estava acontecendo, acreditávamos que iríamos pousar porque o piloto já havia anunciado a aterrissagem e esperávamos por isso”, afirmou Tumiri.


“O piloto já havia avisado sobre o pouso, e nos sentamos e apertamos os cintos”, reforçou em declarações à Blu Radio.


O técnico contou à rádio que durante o voo os jogadores da Chapecoense, que a Conmebol proclamou nesta segunda como campeã da Copa Sul-Americana, “estavam alegres, escutando música”.


O jovem de 25 anos explicou à emissora que seu trabalho para a companhia consistia em reabastecer o avião BA Avro RJ85 quando a tripulação ordenasse, e não compreende porque não foi feita a parada prevista no plano de voo na cidade boliviana de Cobija, na fronteira com o Brasil.


Uma das principais hipóteses discutidas é que o avião colidiu com o solo devido à falta de combustível próximo a conseguir pousar no aeroporto de Rionegro, em Medellín, Colômbia.


Erwin e sua colega boliviana, a aeromoça Ximena Suárez, sobreviveram ao acidente assim como outros quatro passageiros. O avião se chocou contra o solo com 77 pessoas a bordo, entre as quais estavam jornalistas e a equipe de futebol da Chapecoense.


Foi a colega aeromoça que o alertou que algo estava acontecendo, e “logo todas as luzes se apagaram e em questões de minutos o avião começou a tremer e logo após isso ocorreu o impacto. Senti como se estivesse dentro de uma lata de alumínio que se dobrava, senti o impacto e já acordei de bruços em um um terreno em declive”, onde foi resgatado por socorristas colombianos, a 50 km do sudeste de Medellín.


“Tudo aconteceu muito rápido, de repente o avião começou a tremer, as luzes normais se apagaram e se acenderam as de emergência”, relatou, desmentindo versões da mídia que relataram pânico na aeronave, além do que Tumiri teria tido tempo para pensar em como salvar sua vida.


“Não utilizei malas e nem tinha gente gritando e levantando de suas poltronas como disseram por aí”, assegurou ele.
Tumiri, que viajou a La Paz na sexta-feira, após receber alta, indicou que após a colisão, ficou com o rosto enfiado na terra, molhada pela chuva.


“Caminhei como se estivesse sonhando, peguei a Ximena, que estava apertada pelo plástico do banheiro”, relatou.
“Eu a peguei pela mão e corremos para cima (…) Comecei a gritar para ver quem estava vivo” até ser socorrido, contou.
O governo boliviano encontrou indícios de irregularidades no funcionamento e nas operações do avião da Lamia, afirmou o ministro de Obras Públicas e Serviços, Milton Claros.


Como primeira medida, ele suspendeu a licença da companhia aérea, demitiu altos funcionários aeronáuticos da empresa, e iniciou uma investigação quanto a procedência dos controladores de voo do país.


A LaMia argumentou na Bolívia que a aeronave, um BA-146 modelo RJ85, devia ter sido reabastecida em Cobija, no extremo norte do país, para então prosseguir em sua rota até a Colômbia.


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Com informações do G1

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