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Pane seca causou queda do avião da Chapecoense, afirma autoridade colombiana

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Agência Brasil

As autoridades da Aeronáutica Civil da Colômbia confirmaram que o avião que transportava a equipe da Chapecoense para Medellín caiu sem “uma gota de combustível” no morro em Cerro Gordo e que agora serão investigadas as causas do que provocou a pane seca. O acidente matou 71 pessoas e deixou seis feridas.


“Uma das hipóteses que trabalhamos é que [o avião] não contava com combustível e que, por isso, tenha apagado subitamente os motores. Motores são a fonte elétrica. Você pode ter uma turbina adicional, mas se não tinha combustível, vai ter uma pane elétrica”, afirmou Fredy Bonilla, secretário de Segurança Aérea da Aeronáutica Civil.


Segundo Bonilla, as normas internacionais exigem que uma aeronave precisa ter combustível suficiente “para chegar ao aeroporto de destino, mais 30 minutos e ainda mais 5 minutos ou 5% da distância, que é o combustível reserva”.


Outro ponto ressaltado pelo secretário foi o fato de o piloto, Miguel Luis Quiroga, não ter relatado imediatamente que estava em um situação de emergência e que ele deveria ter alertado antes a Torre de Controle.


Escala para abastecer


O diretor geral da empresa aérea LaMia, Gustavo Vargas, declarou ontem (30) que o piloto deve ter avaliado que o combustível era suficiente para chegar ao seu destino, pois existia a opção de fazer uma pausa em Bogotá para abastecer, que foi descartada.


“Temos alternativas, uma alternativa próxima era Bogotá e se o piloto percebesse uma deficiência de combustível, tinha toda a autoridade para pousar e reabastecer”, afirmou, em entrevista ao canal boliviano Unitel.


Vargas afirmou que inicialmente estava previsto o reabastecimento em Cobija, no norte da Bolívia, mas que o plano foi descartado pelo horário. “Infelizmente não pudemos reabastecer em Cobija, que era a ideia inicial, porque como não pudemos voar a partir do Brasil, tivemos que contratar outro avião fretado e ficou tarde, pois Cobija não trabalha à noite”, afirmou.


Ao jornal boliviano Página Siete, o diretor da Lamia declarou que  o piloto “toma a decisão de não entrar [em Bogotá] porque pensou que o combustível era suficiente. Trata-se de um piloto com muita experiência, treinado na Suíça”.


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