“Imóveis estão na prateleira, assistimos o bonde passar”, disse o empresário Jurilande Aragão ao analisar os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com relação ao setor no estado do Acre.
O chamado “boom” imobiliário que começou em 2009 teve seu ápice em 2014, mesmo neste período o volume de negócios foi bem abaixo de outras federações. Enquanto o vizinho estado de Rondônia cresceu 0,6% o Acre não passou de 0,2% de negócios imobiliários na participação do PIB.
Ainda de acordo Aragão, como os dados publicados pelo IBGE são de 2014, a realidade pode ser ainda mais catastrófica com o fim do ápice nos negócios no Acre. “As pessoas começaram a pisar no freio na questão da compra, as prateleiras estão cheias”.
Ele acrescentou que o poder de compra e o receio afastou o investidor da compra de imóveis e por outro lado, o mercado no estado está nas mãos de pessoas conservadoras que não analisam a situação de momento.
“Só existe uma saída, é o nível de empregabilidade aumentar, as pessoas precisam se sentir seguras do negócio que estão fazendo, a classe média que comprava prefere segurar o dinheiro no banco”, analisou.
A reportagem também ouviu um especialista na linha imobiliária, Sávio Carlos, diretor financeiro do Conselho de Corretor de Imóveis, para ele, outra questão importante a ser colocada é o nível de confiabilidade e segurança dos negócios financiados pelos bancos que triplicou.
“Hoje o banco para aprovar uma linha de crédito aumentou as exigências e isso fez um dos principais negócios do mercado, os residenciais, sofrer com a redução das linhas de aprovação de crédito.
Ainda de acordo Carlos, há três meses, a Caixa Econômica melhorou a linha do pró-cotista, com bons índices de juros e financiamentos de até 90% na tentativa de dar uma aquecida no mercado a nível de Brasil.
“Ainda não é possível se analisar se teve ou não resultados positivos. Os compromissos firmados não é no nível de antes”, acrescentou Carlos.