Fim político
Os Procuradores do MPF estão ameaçando renúncia coletiva se o presidente Temer não vetar a norma aprovada pelos deputados federais que permite que juízes e membros do MP sejam acionados por “abuso de autoridade. Se vetar não aprova mais nada no Congresso e é o fim político do seu governo. A única corda que mantém seu governo é o apoio da classe política.
Uma vitória da persistência
O prefeito eleito de Epitaciolândia, Tião Flores, será diplomado no próximo dia 13, na Câmara Municipal. O PT tentou de todos os meios, acabar com a sua candidatura a prefeito e não conseguiu. Flores acabou sendo eleito por uma margem folgada sobre o candidato petista.
O ovo está no fiofó
A experiência me leva a observar os impulsos da ansiedade na política. Alguns dirigentes da oposição já dão o governo faturado em 2018. Tem o melhor candidato dos que já teve nas últimas campanhas, o senador Gladson Cameli (PP), mas o ovo ainda está no fiofó da galinha.
Até tu, Rocha?
A Ação Popular impetrada contra a burla ao teto salarial constitucional não pegou somente o senador Jorge Viana (PT) e o deputado federal Flaviano Melo (PMDB), mas pegou também o deputado federal Major Rocha (PSDB), que quieto vem recebendo acumulações acima do teto.
Moralização para todos
Enquanto não acontecer o cumprimento da lei que estabelece um teto constitucional em todos os poderes não irá se moralizar a coisa pública. Sempre vai aparecer junto dos salários um monte de penduricalhos. Ou se corta na carne de todos ou está zorra salarial continuará.
Única reação foi o repúdio
Os atos de banditismos praticados nas manifestações em Brasília só conseguiram o repúdio da sociedade. E não teve reflexo algum na votação da PEC do teto de gastos, que passou folgada em primeira votação no Senado. E passará folgada na segunda votação, na próxima semana.
A lei é para todos
Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado o projeto que acaba com o foro privilegiado para crimes comuns. A lei é igual para todos e não tem que haver privilégios. Mas ficará só nisso, vai tomar um chá de gaveta.
Uma voz solitária
Ontem se repetiu. E foi a tônica de todas as sessões neste período legislativo que se finda: o líder do governo, deputado Daniel Zen (PT), ser uma voz solitária no embate com a oposição.
Bomba! A pesquisa foi em marte!
Semana passada, foram registradas cinco execuções na capital, sem falar nas invasões de casas com reféns, que virou rotina. Ontem, fizeram uma limpa na empresa Barriga Verde. Dedução: a pesquisa de que o Acre é o 4° lugar menos perigoso para se viver foi realizada em Marte.
Problemas na relação
Houve sim problemas de relações entre a ex-secretária adjunta de saúde, Marize Lucena e o Secretário de Saúde, Gemil Junior. “Não posso dizer que não”, me disse ontem Gemil, que não quis detalhar, mas ressalvou que a respeita e ela continuará na equipe em outra função. O governo tapa o sol com a peneira quando quer dar ao fato como um remanejamento natural.
A rainha da Inglaterra é mais acessível
Um jornalista amigo que cobre as sessões da Aleac reclamava ontem que, há uma semana tenta uma entrevista com a vice-governadora Nazaré Araújo e não consegue. Marcam e desmarcam. Sugestão: tenta ouvir a Rainha da Inglaterra, talvez seja bem mais fácil.
Três meses no bico seco
O prefeito eleito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, não receberá salário e nem pagará secretários e cargos de confiança da prefeitura nos primeiros três meses. Será uma economia de 600 mil reais. Vamos para a parte do absurdo: a prefeitura tem 78 cargos de confiança.
Não precisa deste batalhão
A pequena prefeitura de Sena Madureira funcionaria sem problema se o prefeito eleito Mazinho Serafim reduzir os cargos de confiança pela metade. Na maioria são decorativos.
Sabe que não passa
O deputado Nelson Sales (PV) fez o seu papel ao apresentar ontem uma PEC que transforma em impositivas as liberações das emendas dos deputados estaduais. A lógica dos números diz que será rejeitada quando posta em votação, porque a ordem virá do próprio governador.
Nem um sussurro
O deputado Nelson Sales (PV) diz que a Aleac poderia dar um “grito de liberdade” aprovando o seu projeto de emendas parlamentares impositivas. Não vai ouvir nem um sussurro, Nelson!
Deu o botijão?
O deputado Antonio Pedro (DEM) reclamou ontem na Aleac que as famílias vítimas da alagação em Brasiléia estão jogadas pelo governo num galpão na cidade. Que uma senhora doente cozinha num fogão improvisado embaixo de um pé de jambo. Deu um fogão com uma botija de gás a esta mulher? Há coisas que se pode resolver até pela humanidade. Ou não?
Esperando o Jamil
Famílias que participaram de uma reunião com o ex-secretário da SEHAB, Jamil Asfury, em Xapuri, quando foram prometidas 60 casas para as vítimas da alagação até hoje estão esperando. Prometem uma surpresa para ele, quando for candidato a deputado em 2018.
Indignado com o STF
O deputado Jonas Lima (PT), que também é evangélico, anda soltando fogo pelas narinas contra a decisão do STF de que, aborto até o terceiro mês de gestação não é crime. Defende uma frente parlamentar para se insurgir contra o que acha um crime contra a vida. A matéria ainda passará pelo pleno.
Nem senador do “senadinho”
Não vou citar o nome porque me foi pedido. Um integrante do grupo adversário dentro do PRB, assim comentou a decisão do deputado federal Alan Rick (PRB) em não ser candidato ao Senado: “ele não teria o nosso apoio nem para ser senador do “senadinho dos velhinhos”.
Falando de PIB
O crescimento do PIB não pode ser analisado na capa. Um estado pode ter economia incipiente e o PIB ter crescido. Só que na prática não quer dizer nada. É o caso do Acre.
Uma peça de ficção
O orçamento de um governo é sempre uma peça de ficção. Pode ser executado em parte ou no todo durante o ano. E ainda, dependendo da receitar, ser remanejado e suplementado. Acho que neste caso o governador deve ter feito o orçamento do tamanho do caixa do estado. Não vejo, pois, motivo por tanto alarde todo ano que o projeto chega para ser votado.
Modificação zero
A oposição fez ontem o seu barulho contra o fato de terem setores mais privilegiados dentro do orçamento que a saúde, segurança e a educação. Mas ficará no alarido, na votação em plenário não conseguirão mudar uma vírgula do projeto enviado pelo governo. É minoria.
Hoje não tem debates
A sessão de hoje será mais para incensar os pastores evangélicos. Por uma indicação do deputado Eber Machado (PSDC) não haverá debates políticos na Aleac, será comemorado o “Dia da Bíblia”. Enfim, o plenário se transformará num templo evangélico. Aleluia! Aleluia!
Se alguém me convencer o contrário, volto atrás
Por mais que tenha me esforçado não consegui captar o motivo para tanta indignação de Juízes e Procuradores com a norma jurídica que dá uma repaginada no instituto do “Abuso de Autoridade”, aprovada na Câmara Federal. Não é regra, mas exceção. Só serão acionados os magistrados e membros do MP que extrapolarem as suas funções. E assim mesmo quem abusar das suas prerrogativas, será denunciado por um Promotor ou Procurador e o Juiz que julgar o caso acatará ou não a denúncia. Ou não é assim? E atingirá uma minoria, porque a maioria esmagadora segue a letra da lei. A lei tem que ser igual para todos, não pode haver diferenciação de categorias. Não vejo como a aprovação da norma do “Abuso de Autoridade” possa ajudar um bandido a não ser processado, possa prejudicar a Lava Jato. Se alguém fizer uma acusação indevida por abuso de autoridade contra alguém da magistratura ou MP sem provas, a ação não prosperará. E assim que funciona a justiça. Ou não é? Por todos estes pontos é que não entro no massacre que estão fazendo contra os parlamentares que votaram a favor. Mas, se alguém me convencer o contrário, volto atrás. Está aberto o espaço ao contraditório. E outra coisa, os deputados e senadores não podem estar a reboque de outros poderes. E nem de instituições. Se fizer cessa a razão de existir. Cada um tem a livre opinião e externa no voto em plenário. O contraponto é da democracia
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