Mesmo sob a enorme pirotecnia de que o Acre possui “o maior complexo de piscicultura do país” e “o segundo maior da América Latina”, o Estado é o 18º colocado no ranking dos produtores de peixes de cativeiro do Brasil, com produção estimada em 5,4 mil toneladas em 2014.
Nesta quinta-feira, 30, durante o Seminário Estadual Sobre Modelos Tecnológicos para a Piscicultura, realizado pela Federação das Indústrias do Acre (Fieac), em parceria com o governo do Estado e o Sebrae, o governador Sebastião Viana se ufanou uma vez mais com os próprios feitos.
Há que se desmistificar, porém, o ladino discurso oficial de que o Acre, a partir dos investimentos feitos pelo atual governo em setores como a piscicultura, tornou-se capaz de dar aula aos belgas sobre o tema.
Primeiro porque o Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura, publicado em 2011 pela Secretaria de Monitoramento e Controle do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), revelou que em 2010 – ano em que Sebastião chegou ao governo –, o Estado já produzia 4,1 mil toneladas de pescado. Quatro anos depois, este número era de meras 5,4 mil toneladas – um modesto acréscimo de 1,3 mil tonelada.
Segundo porque o vizinho Estado de Rondônia, sem recorrer ao mesmo alarde sensacionalista, encabeça a lista dos maiores aquicultores do país, com uma produção superior a 75 mil toneladas em 2014. No mesmo estudo realizado pelo MPA, a produção rondoniense de peixes de cativeiro, em 2010, era de 9,4 mil toneladas.
Em menos de seis anos, portanto, os rondonienses provaram que têm muito a nos ensinar sobre a piscicultura. Mas ao invés de calçar as sandálias da humildade e aprender com quem tem know how, o governador e seus acólitos preferem replicar o discurso fajuto de que estão aptos a dar aula aos europeus.
Quando o assunto é economia, o tom catedrático dos integrantes do governo destoa da realidade circundante. Daí o triunfo da malandragem sobre a imutabilidade dos fatos.
Enquanto o atual governo brinca de ser economicamente sustentável, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o Acre está entre as três piores economias do país. Aliás, nesse aspecto, pouco ou quase nada mudou desde que o PT chegou ao governo, em 1999.
Os números constantes na proposta de Lei Orçamentária Anual para o exercício 2017, enviada pelo Executivo à Assembleia Legislativa, comprovam a fragilidade de uma economia que se sustenta graças aos recursos que recebe do governo federal.
O corte de verbas de setores-chave da administração, como saúde, educação e segurança pública reforça a verdade sobre a frágil economia acreana.
O contrário disso é só estória de pescador.
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