Com a voz embargada, o fisioterapeuta Geison Morais, amigo pessoal do médico acreano Márcio Bestene Koury, uma das vítimas do acidente com a delegação da Chapecoense, falou da trágica morte do amigo e das ações voluntárias que ele praticava para ajudar o futebol acreano.
Morais disse que Márcio ajudava com recursos do próprios bolso, o Atlético Acreano, inclusive pagando parte dos salários de um atacante do clube.
No dia 4 de setembro, quando o Atlético Acreano recebeu o Moto Clube na decisão pela vaga na série D, Márcio atuou voluntariamente como médico do Galo na partida.
“Ele veio mais uma vez para colaborar com a gente. Era do grupo, sempre ajudava. Naquele jogo ele pagou as próprias passagens e veio dar força pra gente subir”, lembrou Geison.
Márcio Bestene ainda chegou a atuar como médico voluntário do Rio Branco FC e do Atlético Acreano na Copa São Paulo de Futebol Júnior, tendo participado de cinco edições da Copinha.
Geison Morais revelou que o amigo perdeu o voo da delegação da Chape com destino a São Paulo no último domingo, quando a equipe catarinense enfrentou o Palmeiras.
“Eu falei com ele no domingo e ele me disse que perdeu o voo para São Paulo. Até cheguei a brincar com ele: como você perde um voo desses? Ele pediu para um outro médico, que também é acreano e mora em São Paulo, para substitui-lo no jogo. No domingo mesmo ele chegou em São Paulo e se juntou a delegação para essa viagem trágica”, lamentou Morais.
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