As críticas ao governador Sebastião Viana (PT), que em sua página no Facebook resolveu homenagear o ditador cubano Fidel Castro, morto nesta sexta-feira, 25, são reflexo inequívoco das mudanças na mentalidade do povo brasileiro. Se antes figuras como Castro, Che Guevara e et caterva eram incensados pela irradiação utópica e inconsequente das esquerdas, hoje eles estão – graças à Era da informação incensurável – desnudados pela verdade das consequências de seus atos.
Cabe aos políticos a sagacidade necessária ao vislumbre das mudanças que despontam no horizonte da realidade nacional. Sem ela, resta-lhes pagar mico e amargar a repulsa, como aconteceu ao governante petista.
Fidel Castro, a despeito do que dizem dele as obras feitas sob a encomendada do socialismo decadente, permaneceu quase cinco décadas na liderança do país, e o legado que deixa é de uma Cuba corroída pela miséria do seu povo.
Os índices econômicos e sociais da ilha não deixam dúvidas sobre os estragos causados por um regime que isolou o país, arruinou a economia de mercado, encarcerou dissidentes e impediu a emigração dos insatisfeitos.
Além do mais, o regime castrista cubano é dinástico, uma vez que tendo renunciado ao governo em 2006, Fidel foi substituído pelo irmão, Raúl Castro.
Um ano antes de deixar o governo, Fidel foi incluído na lista das pessoas mais ricas do mundo, elaborada pela revista “Forbes”. Segundo a publicação, o ditador cubano teria acumulado uma fortuna de US$ 550 milhões.
No livro A Vida Secreta de Fidel Castro, o jornalista francês Axel Gyldén e um ex-guarda-costas do ex-líder cubano, Juan Reinaldo Sánchez, contaram que ele possuía uma ilha particular com restaurante flutuante e um aquário de golfinhos.
Enquanto Fidel mantinha uma vida de nababo, o povo cubano nunca parou de empobrecer. Foi assim desde 1959, quando ele e Che Guevara derrubaram o governo de Fulgêncio Batista.
E se por um lado a pedagogia socialista continua a arregimentar desavisados para a sua causa, consolidando em grupos cada vez menores o culto à personalidade de ditadores sanguinários, por outro cresce o repúdio a essa gente e a suas ideias antiquadas.
Não há mais espaço, na cultura nacional, à hagiologia de homens cuja maldade e ambição acarretaram o sofrimento e a miséria de tantos milhões de seres humanos mundo a fora. E o mais irônico disso é que coube à desastrada política do PT quebrar, no Brasil, os pés de barro dessa veneração aos representantes da esquerda mundial.
Quando se trata de um estudante secundarista a louvaminhar os Castros da vida, iludido que está pela pregação ideológica da esquerda, haveremos de lhe perdoar os arroubos da juventude.
Mas o mesmo não se pode dizer de um governador de Estado que rende homenagens póstumas ao representante maior do totalitarismo na América Latina.
Daí a justeza da indignação dos internautas à postagem de Sebastião.
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