O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) fez um balanço de uma viagem que realizou a China e Taiwan, integrando a comissão da União Nacional das Assembleias Legislativas (Unale), através de uma convênio para os parlamentares trocarem ideias e ver o que tem de moderno que pode ser implantado para gerar emprego, renda nos países parceiros e melhorar a qualidade de vida da população.
O parlamentar tucano ficou impressionado com as possibilidades que oferece a indústria de reciclagem de lixo implantadas nos dois países e propõe uma audiência pública com o setor produtivo do Acre para debater a possibilidade de investir na reciclagem como forma de gerar novas oportunidades de trabalho e aquecer o mercado com produtos inovadores extraídos do lixo.
“Enquanto no Acre, temos matéria prima para gerar riquezas e não fazemos isso, em Taiwan, eles geram riqueza do lixo”, disse Gonzaga, ao mostrar uma mochila com placa solar, produzida do lixo descartado pela população. “Uma bolsa com uma placa solar para carregar celular é apenas um exemplo do que pode ser produzido do lixo que nós não reaproveitamos no nosso Estado”, destaca.
Segundo o parlamentar, nos países que visitou, o lixo gera riquezas. “De garrafa de papel para leite, eles transformam em banco. Reaproveitam de tudo. O que não tem como reciclar é incinerado para gerar energia elétrica para as casas que não possuem placas solares. Das cinzas, eles fabricam tijolos. Aqui, nós vivemos numa região tão rica e nós não sabemos utilizar nossas riquezas”.
Luiz Gonzaga apresentou um requerimento para Comissão de legislação Agrária, de Ciência e Tecologia, solicitando a realização de audiência pública para chamar o setor produtivo para discutir a produção do Estado. “Em 18 anos de governo do PT ninguém produz nada. Não se tem planejamento e inovação. Nós precisamos mudar esta situação de marasmo que se encontra este estado”.
Para Gonzaga, “é um absurdo viver num local com tanta terra, matéria prima, mão de obra e nos supermercados um quilo de limão custa mais de 9 reais. Aqui, nós não produzimos praticamente nada. Gastaram milhões de reais fazendo o zoneamento econômico no governo Jorge Viana, mas onde está este projeto para ser executado?”, questiona o líder tucano na Aleac.
Ele apresenta como exemplo de planejamento, a prefeitura de uma cidade da China. “Neste prefeitura, estava lá, a cidade com planejamento até o ano de 2050. No Acre, nós não sabemos nem como vai ser no próximo ano, porque não existe planejamento. Então, há uma necessidade real de se discutir a produção deste estado. Precisamos gerar emprego, precisamos gerar oportunidade”, finaliza.
