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Medicamento para o tratamento de pacientes que adquiriram malária está em falta no Vale do Juruá

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Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do Acre que procuraram o medicamento Primaquina, em Cruzeiro do Sul, saíram das unidades surpresos com a informação de que o remédio está em falta nos estoques. O medicamento é usado para o tratamento dos pacientes que adquiriram malária.


De acordo com o gerente de Endemias da cidade, Hélio Cameli, em entrevista à TV Juruá, o medicamento estava em falta devido à demanda em toda região Norte. Além disso, o fornecedor do remédio ao Ministério da Saúde (MS) teria justificado problemas para o envio das remessas. Isso, contudo, teria sido resolvido já na segunda-feira, 21.


“Tivemos uma falta nesse final de semana, foi somente a Primaquina de 15 mg, que complementa o tratamento da malária vivax, que é feito junto com a cloroquina. O problema já está solucionado. O que aconteceu foi o problema de envio, via Ministério da Saúde, pois aumentou a demanda devido ao aumento da doença em toda região Norte”, explicou.

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Segundo a professora Andréia Alexandra da Silva, que atua na zona rural e foi diagnosticada com malária, a situação já aconteceu por diversas vezes. “Essa falta de medicamento é uma realidade na cidade. Não é a primeira vez. Além desse para malária tem outros que a gente precisa comprar às vezes. É preciso providências”, conta.


Mas, segundo o gerente, a quantidade de Primaquina que chegou é suficiente para atender a demanda de apenas uma semana, sendo aproximadamente seis mil comprimidos. Ele pede que, caso falte o medicamento, a população possa tomar ao menos a Cloroquina, que faz parte do tratamento.


“Ela vai surgir efeito, pois a cloroquina vai agir na parte sanguínea, tirando a dor, a febre. Já a Primaquina vai agir na parte dos parasitas que ficam armazenados no fígado. É preocupante que esses seis mil comprimidos” só ajudem por uma semana “mas já estão sendo tomadas providências (…) via ministério”, completa.


O número de casos de malária registrados entre os meses de janeiro e outubro de 2016 aumentou 26% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2015 foram registrados 11.109, enquanto em 2016 o número já chega a 13.968. Só no mês de outubro foram registrados 2.174 casos, enquanto em 2015 não passou de 1.315.


 


 


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