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Parece que o Acre está com um outro governo paralelo atuando no Estado

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Estou em viagem e, por isso, não tenho atualizado diariamente a coluna. Mas acompanhei pelo noticiário todo o movimento feito pelo senador Gladson Cameli (PP) durante a visita do ministro dos transportes, Maurício Quintela. A “suposta” liberação de mais de R$ 200 milhões para a BR 364 aconteceu em Cruzeiro do Sul, cidade de resistência da oposição, uma espécie de segunda capital do Acre durante os governos do PT. Não houve manifestações oficiais durante todo esse movimento, pelo menos não que eu tenha visto. É estranho. Vem um ministro anunciar recursos para uma estrada que é o sonho dos acreanos e nenhum governista do PT acompanha oficialmente a agenda. Parece mesmo que depois da queda da ex-presidente Dilma (PT) se formou um governo paralelo no Estado. Os parlamentares ligados ao presidente Temer (PMDB) estão fazendo a “festa” enquanto a equipe do governador Tião Viana (PT) assiste a “banda passar”.


Ver pra crer
Claro que em tempos de crise é melhor esperar as obras da BR começarem e terminarem. Afinal, essas estrada já consumiu mais de R$ 2 bilhões e continua a ser um sonho. Entre anúncios ministeriais e o trânsito de carros e caminhões existe uma diferença enorme. Ainda mais quando prometem obras no inverno amazônico.


Pomo da discórdia
Outra questão em relação a BR 364. Não dá pra simplesmente ignorar os bilhões gastos durante todos esses anos. É preciso sim fazer uma auditoria para se verificar o destino dessa “dinheirama” toda. Quem passa pela estrada tem a impressão de um ramal. Se vai ser CPI ou “caso de polícia” é com os políticos.

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Pesadelos
A sorte de alguns políticos acreanos é o isolamento do Estado e a sua pouca representatividade eleitoral nacional. Se o que está acontecendo no Rio de Janeiro também acontecesse no Acre teria muito político que bate a mão no peito com orgulho que estaria com medo de ser preso.


Messe para a colheita
Casos a serem investigados que envolvem dinheiro público no Acre não faltam. BR 364, ZPE, investimento de recursos estatais em empresas privadas, distribuição fraudulenta de casas populares, Ruas do Povo e muitas outras obras ainda incompletas.


Não tem anjos
O fato é que não só no Acre, mas em praticamente todos os estados brasileiros as administrações públicas funcionaram como apêndices de esquemas eleitorais. O bem estar da população pouco importa. O objetivo é se manter no poder a qualquer preço.


Bola rolando
O senador Gladson Cameli está em plena campanha ao Governo do Estado. Por enquanto, não se apresentaram os seus adversários. Se as coisas continuarem nesse ritmo poderá ter uma vitória por WO. O jovem senador encarnou o espírito de mudança desejado pela população. Se essa história terá um final feliz ou não já são outros quinhentos. Mas no momento ele é a bola da vez.


Solitário
Escrevo sem medo de errar. Do atual grupo político que governa o Acre só o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), seria um adversário de peso para o Gladson. Ainda assim é preciso saber se trocaria o certo pelo duvidoso. Ou seja, a prefeitura da Capital por uma aventura eleitoral.


Premissas
Marcus precisaria fazer algumas manobras políticas para ser um candidato competitivo. A primeira delas é deixar o PT. O que ajuda é o fato de ter conseguido durante a campanha de 2016 não se ligar ao petismo. Passa para a população a imagem de um político presente e bom administrador. Não seria fácil de ser batido se resolvesse se candidatar ao Governo.


Falta opções
Nem mesmo se o atual senador Jorge Viana (PT) pudesse ser candidato (não pode) acredito que faria frente ao Gladson. Ele traria lembranças de muitas realizações, mas também de muitas frustrações e de um jeito petista de conduzir a máquina pública que se desgastou com o tempo.


A crítica da esquerda
Assiste a um vídeo de um comentarista (de esquerda) norte-americano falando da vitória do Trump. Essa coisa de alguns setores esquerdistas de determinarem o bem e o mal não tem eco mais na população. As pessoas querem mudança, mesmo que seja para pior. Esse julgamento maniqueísta não funciona. A esquerda errou ao restringir o diálogo com o povo. Quis estabelecer os seus padrões de verdade, mas em muitos casos (como no Brasil) caiu em tentação e roubou. Aí não dá, né?


Exemplo mal fadado
Para piorar as coisas a esquerda deixou a ditadura chavista da Venezuela prosperar. Ninguém para barrar a sanha de poder do falecido ditador sucedido por outro pior ainda. O resultado é um país assolado pela fome e por altos níveis de criminalidade. Um verdadeiro caos.


Deixa rolar
O ex-deputado e presidente do PDT, Luiz Tchê me ligou. Disse que não conversou com o deputado federal César Messias (PSB) sobre assumir o mandato. Também que não está preocupado com isso. Pelo que me consta Messias terá que se afastar para fazer uma cirurgia. Não é uma questão política, mas de saúde.


Luta feroz
A oposição deverá ter diversos nomes na disputa ao Senado. Deputado federal Major Rocha (PSDB), Márcio Bittar (PSDB), se trocar de partido, Vagner Sales (PMDB), Sérgio Petecão (PSD), entre outros pretendentes que ainda vão surgir. Acredito que uma das vagas certamente ficará com a oposição. Já as duas dependerá de muitos fatores. Se fosse no quadro político atual acredito que Jorge Viana ainda conseguiria se reeleger. Mas dois anos é uma eternidade na política e tudo pode acontecer.


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