O furto ao Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios, no último final de semana, em Rio Branco, nos põe diante do questionamento inexorável sobre a necessidade de desestatização dos serviços postais. Não apenas o monopólio da empresa sobre esse tipo de serviço cria inúmeros contratempos a milhões de brasileiros, como a burocracia tem sido responsável pela ineficiência dos serviços e prejuízos aos usuários.
Em entrevista ao ac24horas, o diretor regional da estatal, Raimundo Luiz, afirmou que a renovação do contrato com a empresa de vigilância esbarrou nos trâmites burocráticos. E dá-lhe prejuízo e dor de cabeça aos usuários lesados.
Desde que o ex-diretor da estatal Maurício Marinho foi flagrado embolsando propina no valor de três mil reais – o que resultou na descoberta do chamado escândalo do mensalão – temos acompanhado, impotentes, a degenerescência dos serviços daquela que já foi apontada, outrora, como a empresa de maior confiança dos brasileiros.
A nomeação de apadrinhados políticos para as estatais brasileiras é um dos fatores que levam à dilapidação do patrimônio público. Em 2016, o jornal O Globo publicou matéria com um balanço dos Correios dez anos depois do mensalão. A radiografia mostrou que os lucros estão em queda, os preços têm sido controlados artificialmente, há recorde de queixas por atrasos de encomendas e empregados com salários descontados para cobrir um déficit bilionário no fundo de pensão.
Sob os governos do PT, os Correios chegaram a ter lucros de 1,1 bilhão de reais, mas de míseros R$ 9,9 milhões em 2014.
Segundo a reportagem, em 2014 os Correios deixaram de arrecadar R$ 482 milhões porque foram impedidos pelo governo de reajustar os preços dos seus serviços, como cartas e telegramas. A empresa foi vítima de uma intervenção parecida com a que provocou prejuízos à Petrobras com o controle dos preços dos combustíveis.
E mais: os Correios só não tiveram prejuízo graças a uma manobra contábil que tirou das contas o provisionamento de R$ 1,08 bilhão de uma dívida reivindicada na Justiça pelo Postalis – o fundo de pensão dos funcionários da estatal.
O Postalis é outro exemplo de como as estatais, sob o raio de influência dos petistas, serviram a negociatas semelhantes àquelas feitas na Petrobras. Há um rombo de 5,6 bilhões de reais no fundo, que tem cobrado taxas extras até mesmo dos funcionários aposentados para cobrir a lambança.
Um dos campeões em reclamações dos usuários, os Correios têm caminhado para o sucateamento dos seus serviços, cada vez mais precários. Faltam funcionários para atender à demanda que cresce na contramão de sua capacidade operacional.
Há muito tempo que no Acre os serviços de Sedex têm sido feito via terrestre, desde Porto Velho (RO), aonde as encomendas chegam de avião. De lá pra cá elas são embarcadas nos caminhões até serem entregues em nossos endereços.
Relatos de atrasos e extravios são frequentes. Não bastassem esses transtornos, há agora a “novidade” do furto ao Centro de Distribuição Domiciliar, cujo ressarcimento deverá ser feito na mesma velocidade das entregas feitas pelos Correios.
Haja paciência.
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