Um aumento de 40% nos salários dos vereadores, e de 22% nos do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais de Tarauacá (AC) gerou polêmica no município. A proposta foi aprovada pelos parlamentares da cidade e deve entrar em vigor a partir de janeiro do ano que vem, logo após a sanção do prefeito Rodrigo Damasceno (PT), que não foi reeleito para o cargo.
A aprovação do projeto de lei, proposto pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, ocorreu em setembro, mas apenas agora a notícia começou a circular pela cidade. O que chama a atenção é que, mesmo com a crise financeira que assola o município, todos os vereadores foram favoráveis ao aumento nos salários.
Sobre o assunto, o ac24horas conversou com o presidente da Câmara, o vereador José Ezi Aragão (PT). Para ele, o aumento é “justo” e condiz com a realidade econômica do município frente ao duodécimo repassado à Câmara pela prefeitura. “É pelas perdas de quatro anos. Há um pouco de exagero nisso aí”, comenta o vereador.
Segundo José Ezi Aragão, que não votou por ser presidente da Câmara, a votação ocorreu antes das eleições, quando alguns vereadores se candidataram a um novo mandato no parlamento mirim daquele município. “Se voltasse [da prefeitura] teria problema” para promulgar porque “dos onze apenas três foram reeleitos”.
Com o reajuste nos salários, os parlamentares, que recebem atualmente R$ 5 mil, passam a ganhar mensalmente R$ 7 mil. Para isso, eles decidiram retirar a verba para pagar assessores e incorporar R$ 1,5 mil nos próprio subsídio. Agora, terão que trabalhar sozinhos, sem equipe técnica de apoio.
Também a partir do ano que vem, se sancionado ou promulgado o projeto de lei, a futura prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino (PSD), terá direito a um salário de R$ 17.080,00. Já o vice ganhará R$ 10.980,00. Os membros do primeiro escalão, os secretários, vão receber todos os meses a quantia de R$ 5.490,00.