A situação do Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia, se mostra cada vez mais delicada. Neste domingo, após ser atropelado, um adolescente de 15 anos precisou esperar por quase 10 horas para ser transferido para Rio Branco.
No hospital, segundo a mãe do menino, Francisca Souza, não havia medicamento para conter as dores. Além disso, o aparelho de raio-x não estaria funcionando, impossibilitando um real diagnostico do quadro clínico do rapaz, visto que ele havia batido com a cabeça no chão e reclamava muitas dores.
Por volta das 17 horas deste domingo, 06, uma ambulância que opera em Capixaba foi enviada à fronteira. A demora, segundo um funcionário do hospital, teria sido do setor de regulação coordenado dentro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Esse rapaz podia ter morrido. Essa responsabilidade é da enfermeira Lúcia, do Samu de Rio Branco. Essa demora já é rotina”, comenta.
Quando a ambulância chegou a Brasiléia para fazer a transferência do menino, os familiares já haviam desembolsado dinheiro próprio para comprar os remédios que faltavam na unidade de saúde. A situação causou polêmica entre funcionários e usuários do hospital público.
“Não é possível que um hospital não tenha remédios, o operador do raio-x e a ambulância demorar quase 10 horas para chegar. Os problemas do meu filho pode se agravar e quem vai se responsabilizar por isso?”, desabafou a mãe, emocionada com a situação.
Procurada, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) disse que vai apurar o caso e enviará os esclarecimentos ao portal. A reportagem não conseguiu contato diretamente com o hospital.