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Marcos vai administrar Rio Branco em tempos de vacas magras

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O orçamento aprovado pela Câmara Municipal da Capital para o próximo ano revela tempos difíceis para a gestão do prefeito reeleito Marcus Alexandre (PT). Enquanto as necessidades de investimentos no município aumentam as receitas com repasses constitucionais caem assustadoramente. Esse vácuo entre despesas e receitas terá que ser bem equacionado para o prefeito conseguir manter o ritmo das obras de infraestrutura essenciais para os rio-branquenses. A saída para cobrir o rombo que tende a aparecer é a corrida atrás das famosas receitas extra orçamentárias. Mas o caminho para se conseguir esse dinheiro junto aos ministérios é estritamente político. Aí aparece a questão partidária como um obstáculo para Marcus Alexandre devido a “decadência” do PT no plano nacional. O prefeito terá que se mover bem politicamente para encontrar novos atalhos em Brasília. Isso poderá, inclusive, obrigar Marcus a rever o seu posicionamento partidário. Na minha opinião, pelo que conheço do seu perfil, desde os tempos da Secretaria de Planejamento, Marcus deverá priorizar a gestão em detrimento da questão ideológica. Não vai deixar o município sucumbir num caos administrativo por falta de recursos para se manter fiel a um partido o qual se filiou um ano antes de se candidatar. Essa é uma questão que deverá emergir em breve no cenário político acreano e certamente gerará muita polêmica. Não por vontade própria de Marcus Alexandre, mas por uma questão de sobrevivência.


Braços abertos
Vejo pelo menos três partidos que devem disputar a mudança de filiação do prefeito, caso seja necessária: PSB, PRB e PDT. Os dois primeiros fazem parte da base do atual presidente Temer (PMDB) e ainda compõem o time da FPA. O PDT está se firmando como uma espécie de terceira via que vai disputar a eleição presidencial de 2018.


Tempo bom, não volta mais…
Me lembro de uma das vezes que o ex-presidente Lula (PT) esteve no Acre e disse a seguinte frase: “Chegam lá no meu gabinete as três Marias, Jorge Viana (PT), Tião Viana (PT) e Binho Marques (PT), atrás de recursos para o Acre e a gente não consegue negar”. Só que Lula não é mais presidente e Jorge e Tião, consequentemente, não têm mais o mesmo prestígio de outrora.

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Mudança de interlocutores
Marcus Alexandre irá precisar de novos interlocutores junto ao Governo Federal para garantir os recursos necessários a Rio Branco. Os deputados federais César Messias (PSB) e Alan Rick (PRB), num primeiro momento, parecem os mais aptos a fazerem gestões nos ministérios por questões partidárias.


Questão de diálogo
Tem um outro fator a se levar em conta. Marcus nunca fechou as portas para parlamentares de oposição, nem mesmo quando o PT era todo poderoso. Isso poderá ser um trunfo junto à bancada federal para conseguir mais emendas e recursos extra orçamentários. A maneira de suprir a falta dos repasses do FPM.


Debandada à vista
O resultado eleitoral das municipais deverá complicar ainda mais as coisas para o PT. Uma ala de petistas fala abertamente em refundação ou mesmo na criação de um novo partido de centro esquerda. Segundo o ex-governador gaúcho, Tarso Genro (PT) esse seria o único caminho de sobrevivência. Ainda assim, podem escrever, que muitos deputados federais e senadores irão migrar para outras legendas assim que abrir o novo ano legislativo em 2017.


Olhando o futuro
Quem olhar para sua própria reeleição em 2018 não vai querer ficar atrelado ao atual desgaste público do PT. Mesmo que o Governo Temer se torne uma tragédia não vejo uma recuperação rápida junto à opinião pública dos petistas.


A última fronteira
Só o Acre ainda é um reduto petista considerável. Mas representa apenas 3% dos votos do Brasil numa eleição presidencial. A roda da política girou e as coisas mudaram profundamente. Quem não tem nada a ver com a Lava Jato ou outras investigações pesadas de corrupção não vai querer levar a culpa do que não fez.


Mandato ilusório
Duas coisas podem contribuir para que o atual mandato do deputado federal Moisés Diniz (PC do B) dure menos do que o esperado. A situação não muito boa da SEDENS e esse convite inesperado para que Sibá Machado (PT) se encontre com o procurador Sérgio Mouro. Foro privilegiado não é algo dispensável se houver “algum problema” para o Sibá.


Caça às bruxas
Pelo andar da carruagem os últimos políticos com mandatos das recentes legislaturas e gestões que escaparem das investigações de corrupção no Brasil apaguem a luz da sala. Não está sobrando pedra sobre pedra. A metralhadora giratória está acertando alvos em todos os partidos.


Renovação saudável
Vejo nessa crise política brasileira uma oportunidade de renovação. Entendo tudo isso que está acontecendo como o final de um ciclo. Política é lugar para quem quer servir e não ser servido. Não serve para enriquecimento pessoal. Quem caiu em tentação está pagando um preço alto.


Juntos e misturados
Além dos secretários do Estado que estão sendo estimulados a serem candidatos a deputados estaduais ainda virão os prefeitos derrotados. É a eleição mais difícil do Acre. Some-se a isso os vereadores que podem disputar sem perder o mandato. Uma verdadeira briga de foice no escuro por uma vaga na ALEAC.


Sonho “inviável”
Desde que virou prefeito de Epitaciolândia, André Hassem (PR), sempre disse que desejaria ser deputado federal. Mas a maneira como se posicionou na disputa de 2016 praticamente inviabilizou essa possibilidade. Terá que começar tudo de novo.


Não dá para entender
Tem algumas regiões do Acre que não prezam pela “prata da casa”. Tarauacá, Feijó e o Jordão têm todas as condições de eleger um deputado federal que represente a região. O Alto Acre, desde o tempo de Zico Bronzeado (PT), que nunca mais elegeu ninguém à Câmara Federal. Sena Madureira junto com Manoel Urbano e Santa Rosa poderiam direcionar votos para terem também um representante federal. Por outro lado, o povo do Juruá sempre na frente. Não só elege deputados federais assim como também tem atualmente um senador. Os interesses imediatistas fazem com que os eleitores dessas regiões citadas prefiram votar em políticos alienígenas que chegam, pegam os votos, deixam uma “merreca” para meia dúzia de eleitores e depois desaparecem. Algo a se pensar.


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