Os sindicatos dos Enfermeiros e dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre mantêm a greve por tempo indeterminado até que o governo apresente uma contraproposta satisfatória.
Na terça-feira passada, dia em que os servidores começaram a paralisação, uma comissão dos dois sindicatos se reuniu com a equipe de negociação do governo, que falou em estudar os pedidos dos servidores.
Os trabalhadores estão insatisfeitos devido ao atraso na agenda de negociação de reposição salarial que ainda não foi para votação na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), negociação do acordo coletivo do Pró-Saúde e o projeto de alteração da Lei 39, que permite aos servidores irregulares voltar para o plano de carreira. Porém, o governo apresenta resistência em relação à inclusão dos irregulares no PCCR. Esse seria o maior entrave para um entendimento.
Na manhã desta quinta-feira, 20, o secretário de Saúde, Gemil Junior, disse que “a greve tem quer ter uma responsabilidade maior dos sindicatos”. A declaração do secretário se refere ao atual cenário econômico nacional e local. “O governo em nenhum momento parou de negociar. A gente considera que essa greve tem quer ter uma responsabilidade maior dos sindicatos, principalmente quando você olha pro cenário nacional. Não tô falando só do Acre. O Estado do Acre é um os poucos Estados que tá conseguindo manter em dias a folha de pagamento. Em outros Estados, como o Rio Grande do Sul, estão parcelando em quatro cinco vezes”, lembrou.
Gemil Junior acrescentou que “o prazo de negociação sequer expirou do que foi acordado com os sindicatos no meio do ano”.
Os trabalhadores voltam a realizar nova manifestação pelas ruas do Centro de Rio Branco nesta sexta-feira. De acordo com o Sintesac, pelo menos 50% dos trabalhadores cruzaram os braços em todo Estado. Isso representa, aproximadamente, três mil servidores.
