Venho escrevendo repetidamente que a cidade está dominada por bandidos. Ontem foi mais uma prova. Uma invasão da Papudinha com troca de tiros, deixando em pânico bairros como o IPÊ, Tucumã, estudantes da UFAC, que ficaram sem condições de retornar às suas casas. Se os bandidos invadem um presídio guardado pela segurança pública armada, imagine a população desarmada e trancada em casa. Não está em discussão se a PM foi eficaz em contornar o problema. Até foi e ponto para a PM. Mas não vamos limitar a discussão a um fato pontual. Fora o episódio são 8 mortos em pouco mais de 48 horas. Querem mais? Rio Branco é um bairro médio de São Paulo, não somos uma cidade de grande porte. O que está em debate é que a PM, que faz a ronda intensiva, não tem carros suficientes, não tem motos, para circular pelos bairros e com a presença inibir os bandidos. Grande parte da frota está no prego. Não vai resolver, mas a presença policial inibe. Acho que o governador Tião Viana deveria nestes dois anos que faltam para o seu mandato centrar a sua ação em dar condições aos efetivos da Segurança para atuar de forma perene. Já fez muito, mas os fatos mostram que foi insuficiente. Corte os repasses para secretarias que não são operativas e jogue os orçamentos para dotar a PM de novos carros, mais armas, uma frota de motos, enfim, que se dê melhores condições de trabalho. É uma sugestão. Não dá também para a oposição, simplesmente, disparar críticas. Seus senadores e deputados federais também têm responsabilidade em ajudar com uma ação emergencial financeira junto ao governo federal. Sem esta bobagem politiqueira de “intervenção federal”. As emendas parlamentares destinadas à Segurança não serão liberadas este ano. A PM está precisando de estrutura para ontem. A falta de segurança virou um clamor de toda a população. Chegamos ao limite do suportável. E, por favor, não me venha ninguém dizer que a situação está sob controle. Os fatos mostram que não.
Com cheiro e pinta de candidato ao Senado
Conversei ontem com o deputado federal Major Rocha (PSDB) sobre se será candidato ao Senado, em 2018. Disse que não nega ter interesses maiores na política, mas o momento não é oportuno para o debate, é cedo. Revelou que o seu partido o quer na disputada de uma cadeira de senador. Citou que hoje tem base política no Juruá, que não tinha. Que a direção nacional quer uma candidatura ao Senado. “Não digo que sou candidato, mas também não descarto”, pontuou. Sobre como caberiam duas candidaturas ao Senado dentro do PSDB, a dele e a do Márcio Bittar (PSDB), foi pragmático: “teremos um candidato único. A prevalência é de quem tem mandato”. Depois desta breve, mas esclarecedora conversa com o Rocha (foto), fiquei com a convicção que disputará o Senado. Basta fazer a leitura das suas declarações para se chegar a esta dedução.
Não cabem dois bicos no mesmo espaço
Cada dia fica mais patente pelas posições do deputado federal Major Rocha (PSDB) que, não há mais lugar para seu grupo e o do ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB), com os mesmos interesses para 2018, no PSDB. Não cabem dois no mesmo espaço. É uma Lei da física.
Basta ver os registros
Não é novidade para quem acompanha a política a anunciada demissão de mais de 500 ocupantes de cargos de confiança do governo estadual. Quando reduziu em 20% os salários dos comissionados, declarou que medidas mais duras estavam a caminho. E vieram a galope.
Ou se ajusta ou não paga a folha
A questão é bem prática. Não cabe discussão ideológica. O momento é de crise para os Estados e Municípios, nada vai mudar lembrar que é uma herança da Dilma. O Tião Viana está cortando cargos de confiança, os futuros prefeitos também terão que se ajustar à crise, ou não terão dinheiro nem para bancar a folha salarial. É a verdade nua e crua. E ponto final.
“A oposição só tem o Gladson para o governo”
Num papo ontem com jornalistas, na Aleac, a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) comentou ser desigual enfrentar quem está com a máquina na mão e construiu na mídia uma imagem de bom gestor, como o Marcus Alexandre. E foi enfática sobre 2018: “o único nome que a oposição tem para disputar o governo com chance de ganhar é o do senador Gladson Cameli”.
Seria bom discutirem alternativas
O certo seria a oposição começar discutir uma alternativa. Mas é querer muito de quem só reúne-se na véspera da campanha. E se amanhã o senador Gladson Cameli (PP) disser que não quer ser candidato ao governo, como é que fica? Repito: política se faz com profissionalismo.
Não espere ajuda
O deputado Josa da Farmácia (PTN) não confie em ajuda do governo á sua campanha, seja de reeleição ou de deputado federal. Mire-se como trataram a sua candidatura a prefeito de Cruzeiro do Sul. Busque a partir de agora formar base própria se quiser continuar na política.
Melhor mandato
O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) cumpre um mandato bem melhor do que o anterior, por ter assumido um papel de que foi eleito pela oposição, sem titubeios, como no mandato passado.
Fora de controle
Violência na Capital sem controle: cinco mortes em 48 horas com características de execução.
O mínimo de coerência
Por um mínimo de coerência o Tribunal de Justiça do Acre deveria aguardar a posição do STF, onde tem ação ajuizada, sobre o projeto que autoriza o governo estadual a fazer saques de depósitos judiciais. Porque pode liberar e em seguida o STF ter entendimento contrário.
Belo artigo
Juízes, Delegados, Promotores, Procuradores, deveriam ler o artigo da última VEJA, um primor em todos os sentidos: “Poder demais é sempre demais”. É o título do belo texto.
Clima de agonia nas secretarias
O governador Tião Viana deveria soltar logo a lista dos cortes dos cargos de confiança para não continuar este clima de incerteza que tomou conta das secretarias, sobre quem ficará ou quem sairá. Existem situações na administração pública em que, não pode se postergar as decisões.
Transição sem transtorno
A transição entre o prefeito André Hassem e o prefeito eleito Tião Flores está se dando dentro de um clima de urbanidade. Assim é que as relações deveriam ser na política, com educação.
Um senhor abacaxi
O prefeito eleito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (PMDB), vai receber do prefeito Mano Rufino (PSB) a prefeitura com a bagatela de 40 milhões de dívidas e cinco meses de salários atrasados dos prestadores de serviço. A informação é do deputado Gehlen Diniz (PP).
Nem sendo biônico
Ser prefeito de uma prefeitura falida com 40 milhões de dívidas, não queria nem sendo biônico. E o mais grave, é estarmos no contexto de uma crise econômica sem precedente.
Entre ambos
Por já integrarem a Câmara Municipal de Rio Branco, pela lógica, a disputa da presidência da Casa deve ficar entre os vereadores Manuel Marcos (PRB) e Artêmio Costa (PSB). Ambos da FPA. A oposição não tem votos para eleger o futuro presidente.
Mire-se sempre no exemplo do PEN
Os deputados do PEN esqueceram suas bases, passaram o mandato sendo agradáveis ao governo, veio a eleição e foram tratorados, pelos esquemas dos candidatos petistas. Não se elegeu um. É bom o deputado Raimundinho da Saúde (PTN) tomar isso como um exemplo.
Afugentado pelas bases
Ontem, o deputado Raimundinho da Saúde (PTN) foi impedido de falar no movimento de greve dos servidores da Saúde, sua base política. Se colar sua imagem ao governo neste momento de crise e de desgaste poderá ter sérias dificuldades na sua reeleição.
A greve continua
Falando em Saúde, a greve da categoria continua, não houve acordo com o governo. É um ato legal, mas de conquista salarial improvável, num momento em que o governo corta cargos.
Capote na turma do Juruá
O deputado Jonas Lima (PT) saiu fortalecido do Juruá. Elegeu o irmão Isac Lima (PT) a prefeito de Mâncio Lima sem esquema do governo; e elegeu o Francinei Freitas (PT), o único petista a ganhar vaga na Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul. Derrotou a cúpula petista em Cruzeiro.
A greve é justa, mas num momento grave
Há 10 anos os servidores da Saúde não recebem aumento salarial de respeito. É verdade. Como é justo o atual movimento grevista. Só que num contexto de quebradeira econômica. Pedir aumento de salário ao governo do Estado, hoje, é como liso pedir dinheiro a outro liso.
Crítica cabe a quem não tem posição
Para mim, quem tem posição política, seja qual for merece respeito. O deputado Léo de Brito (PT) criticar o governo Temer é um ato extremamente normal, ele é oposição. Seria oportunista o Léo estar hoje na base de apóio do Temer. Está sendo fiel aos seus princípios.
Na mesma batida
O prefeito Marcus Alexandre continua na mesma batida, visitando obras, se fazendo presente aos bairros, exatamente o que lhe levou a ter o reconhecimento do eleitor na última campanha. Fosse outro tinha tirado férias, mas ele está emendando um mandato no outro.
Não tem a chave do cofre
O secretário de Saúde, Gemil Junior, pode ser criticado por algum ponto na sua gestão, mas não ser responsabilizado pela não solução da greve na Saúde. O máximo que poderá fazer é dialogar, não tem a chave do cofre, e é uma decisão de governo que este ano não tem aumento.
Quem muito abaixa, o fundo aparece
O presidente da Câmara Municipal da Capital, vereador Artêmio Costa (PSB), diz que, antes de colocar em votação o reajuste salarial dos próximos vereadores irá “conversar”, com o prefeito Marcus Alexandre e sua vice Socorro Nery. Artêmio: vereador não é funcionário da PMRB para dar satisfação ao prefeito. Quem define se terá aumento nos salários dos vereadores e prefeito são os vereadores desta legislatura. E diz o velho ditado: “quem muito se abaixa, o fundo aparece”. Mesmo se sendo da base de apoio ao prefeito há que se ter um mínimo de independência. Certo, presidente Artêmio?
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