A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva não perde a oportunidade de se revelar oportunista. Foi assim quando o governo Dilma Rousseff se desintegrava sob a ameaça do impeachment e ela, Marina, estava no exterior, estudando sabe-se lá o quê. Foi assim quando a imprensa a procurou e ela, com sua retórica empolada, não disse se era a favor da cassação. E foi assim quando a população, indignada com os resultados desastrosos do governo na economia do País, foi às ruas para pedir a cabeça da petista. Só então Marina – a acriana nascida no Seringal Bagaço, mas que escolheu o bairro mais rico de São Paulo para viver – declarou-se partidária do impedimento.
Marina Silva jamais quis que Dilma fosse cassada. Ela sonhou com a deterioração do governo, o sangramento da companheira até o último dia do mandato, para que assim, enfraquecido, o PT lhe concedesse os milhões de eleitores inclinados à esquerda que haveriam de ter nela a legítima herdeira do espólio esquerdista.
Nesta segunda-feira, 17, a ex-senadora afirmou não ter certeza se será candidata à presidência da República em 2018. Trata-se de mais uma jogada de Marina.
Em longa entrevista à repórter Andreza Matais, ela disse que está mais empenhada em consolidar a Rede do que em disputar a eleição presidencial.
O partido de Marina Silva saiu-se bem nas eleições deste ano, apesar de ter naufragado fragorosamente em estados como São Paulo e Rio de Janeiro. Elegeu cinco prefeitos e está no segundo em várias cidades.
Na capital do Acre, o candidato da Rede Sustentabilidade, Carlos Gomes, ficou em terceiro lugar, desbancando até mesmo o experiente vereador Raimundo Vaz (PR), que carrega a lanterna da disputa. Ainda assim, a votação de Gomes ficou longe de bater a marca do prefeito reeleito, Marcus Viana, do PT.
Marina tem razão em dizer-se mais focada na consolidação do seu partido do que em disputar a presidência. Mas seu jogo de cena não convence quem conhece as platitudes de políticos cuja maleabilidade consiste em se inclinar na direção dos ventos.
Nossa aposta é que ela disputará, sim, o cargo ocupado por Temer, afinal apresentando-se como única alternativa ao eleitor de esquerda desencantado com o PT.
Aliás, sobre o governo do PMDB, ela afirma se tratar de uma continuação do anterior, com a ressalva de que Dilma nos conduzia ao abismo, enquanto Temer “ziguezagueia” em torno do precipício por ter montado uma equipe econômica competente.
Note bem este detalhe, caro leitor: Marina Silva, a raposa do Seringal Bagaço, deseja nos fazer crer que Temer é a continuidade de Dilma, ao embaralhar PMDB e PT no mesmo maço de cartas marcadas. Com isso, ela sinaliza para aqueles eleitores que, como já citado aí acima, flertam com as esquerdas, mas desiludidos com o petismo. E, ao mesmo tempo, a esperta Marina sinaliza ao mercado que, uma vez eleita presidente, escolheria para a sua equipe econômica pessoas do quilate de Henrique Meirelles, o atual ministro da Fazenda.
Para quem entende um pouquinho de política, basta ler nas entrelinhas da entrevista de Marina ao Estadão para concluir que em 2018 a teremos nos palanques, como candidata a presidência da República.
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