O corte de 545 ocupantes de cargos comissionados anunciado nesta segunda-feira (17) pelo governador Sebastião Viana (PT) não surpreendeu deputados estaduais de oposição e da base de sustentação da administração petista. De acordo com o governador, os cortes ocorrerão para garantir o pagamento em dias dos salários dos servidores efetivos do Estado.
O Gerlen Diniz (PP) diz que Viana foi irresponsável ao colocar em risco o pagamento dos salários e 13o terceiro dos servidores. “Estas demissões já eram necessárias. O governo foi irresponsável em manter este número exorbitante de cargos comissionado, em plena crise, até passar o período eleitoral apenas para garantir os votos destas pessoas e de seus familiares”.
Segundo Diniz a medida é necessária, mas Sebastião Viana esperou passar o período eleitoral para coloca-la em prática. “A medida é necessária? Sim é, mas o governo foi desonesto ao retarda-la para garantir a reeleição do candidato do PT na capital. Parece que a prioridade é se manter no poder não pensar na governabilidade e estabilidade financeira do Estado”.
O líder do governo na Aleac, deputado Daniel Zen (PT) saiu em defesa do governador Sebastião Viana. “Trata-se de mais uma das muitas medidas de austeridade que o governador Tião Viana tem adotado, ao longo de sua gestão, para contornar a crise fiscal que enfrentamos, na tentativa de prosseguir honrando os compromissos do Estado com seus servidores públicos e fornecedores. Vários estados já adotaram medidas extremas, como parcelar salários de funcionários, decretar situação de emergência, calamidade ou mesmo declarar moratória (calote oficial) de dívidas”.
Segundo Daniel Zen, “o Acre segue cumprindo seus compromissos. Diferente do Governo Federal que, com a PEC 241, PL 257 e PL 4.567/2016, busca promover ajuste fiscal e equilibrar as contas públicas de forma covarde, cortando de quem mais precisa, preservando os interesses do capital financeiro, dos rentistas e de todos aqueles que vivem de juros, sem sujar as mãos no mundo da economia real, baseada na produção, o Acre tenta superar a crise mantendo os serviços públicos básicos e os direitos fundamentais essenciais do cidadão, cortando na própria carne. Isso é ser correto, justo e honesto com a coisa pública, tratando os problemas com a hombridade que eles necessitam. Não quer dizer que o problema está resolvido, mas que temos disposição para enfrentá-lo, etapa-a-etapa, da forma correta”, finaliza.