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Povo ordeiro? – o exemplo que nos venha do andar de cima seja o da desordem quase que generalizada

Há um Brasil que seguirá funcionando – bem ou mal – independente do prefeito, do governador ou do presidente da República de plantão. É o Brasil dos que trabalham, pagam altos impostos para manter a boa vida dos parlamentares e acreditam cada vez menos na conversa fiada de todos eles.


Esse enorme contingente de pessoas que foram às urnas recentemente continuará com suas rotinas mais ou menos iguais, independente do que façam o vereador ou o prefeito que ajudaram a eleger. Assim somos nós – ainda que equivocadamente.


Nesta quinta-feira, 13, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou réu em mais um processo – o terceiro – em pouco mais de dois meses.


O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, em Brasília, aceitou integralmente denúncia contra Lula e outras dez pessoas, incluindo um sobrinho da primeira mulher do ex-presidente e o empreiteiro Marcelo Odebrecht.


São imputados ao petista os crimes de organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.


Na mesma vara em Brasília, o ex-presidente já responde por suposta tentativa de obstrução da Operação Lava Jato. Em Curitiba, ele é réu por corrupção e lavagem de dinheiro, em ação que aponta recebimento de R$ 3,7 milhões em vantagens indevidas da OAS, referentes ao esquema de corrupção na Petrobrás.


No Acre assistimos, recentemente, à prisão dos prefeitos dos municípios de Bujari, o Tonheiro, de Plácido de Castro, Roney Firmino, e de Santa Rosa do Purus, Rivelino Mota.


Antes deles tinham esquentado o banco das celas das delegacias da Polícia Federal os ex-prefeitos Nilson Areal e Aldemir Lopes. Sem falar nos afastados do cargo, entre os quais Everaldo Gomes, do PMDB de Brasiléia.


Lula, portanto, não é o único corrupto da história, ainda que jure inocência e conte com uma turba de desmiolados que insistam na arenga de que não passa de um perseguido político.


Não obstante tantos exemplos envolvendo de ex-presidentes a meros servidores comissionados, passando por astutos vereadores, dissimulados deputados, venerandos senadores e doutos juízes ou indigitados desembargadores, o brasileiro comum seguirá com sua faina diária, crendo muito mais no poder divino que na sapiência humana.


Votar, no Brasil, é cada vez mais uma obrigação medonha, da qual se afastam milhões por descrer que algo vá mudar – e da qual participa a maioria por temer, uns, as retaliações do Estado, ou porque no fundo somos um povo ordeiro.


Ainda que o exemplo que nos venha do andar de cima seja o da desordem quase que generalizada.


 


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