Dezenas de advogados realizaram nesta sexta-feira, 14, na frente do prédio da Delegacia da 3ª Regional, no bairro Aeroporto Velho, uma manifestação contra uma escrivã de polícia que teria sacado uma arma para advogada Valdete Souza. A suposta ameaça teria ocorrido dentro da delegacia quando a advogada acompanhava o caso de um cliente.
O fato foi denunciado pela própria advogada à Comissão de Prerrogativas do OAB no Acre, que conduziu o ato de desagravo.
A Secretaria de Polícia Civil instaurou um procedimento interno para apurar o caso.
O delegado Alex de Souza Cavalcante, corregedor da instituição, informou que entende o protesto, que é um direito dos advogados, porém quis evitar qualquer “julgamento precipitado”.
“A gente não pode fazer julgamento precipitado. O fato está sendo devidamente apurado pela Corregedoria e a gente só vai ter um posicionamento sobre o que ocorreu depois da conclusão do procedimento. Todas as providências pra apurar o fato estão sendo tomadas. Não tem como a gente dar um posicionamento até que as investigações avancem”, disse o delegado.
Por outro lado, o presidente da OAB, Marcos Vinicius Jardim Rodrigues, repudiou a suposta ameaça ao considerar o ato da escrivã um “crime de coação moral e cerceamento dos direitos”.
“O fato é controverso. A escrivã sacou a arma contra uma profissional da advocacia e isso é inadmissível. A OAB analisou, ouviu a advogada, ouviu testemunhas e a Comissão de Prerrogativas esteve presente na instauração da representação administrativa da Corregedoria”, afirmou o presidente da OAB.