O advogado da família de C. A. O. J. – que prefere não ter o nome identificado – disse que o fato mais novo na apuração é a revelação de uma imagem do menor preso dentro de uma Delegacia da Polícia Civil. O suposto documento foi apresentado à mãe e à madrasta da vítima e será requisitado na conclusão do processo. O defensor elogiou o trabalho da corregedoria. “Até agora está tudo dentro da ética e da transparência”, disse o advogado.
Para entender o caso:
Conforme denunciou a madrasta de C. A. O. J. dona Maria Rosilene Soares do Nascimento Souza, ela e o menor dormiam na noite de 5 de setembro em sua residência, quando foram surpreendidos com o arrombamento e a invasão em sua residência por supostos policiais civis utilizando balaclava (gorro de malha que cobre a cabeça). Estes agentes após fazerem uma devassa em todos os cômodos da casa, levaram o menor para uma Delegacia de Rio Branco.
Após ela e mãe biológica, com a ajuda de amigos e vizinhos procurarem pelo paradeiro de C. A. O. J. em todas as delegacias da capital, o menor foi encontrado próximo da invasão do Panorama, no bairro São Francisco, sentindo fortes dores abdominais. Levado ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco C. A. O. J. passou por uma intervenção cirúrgica, tendo sido constatado lesão em reto baixo e lesão peritoneal em fundo de saco. A vítima continua usando uma bolsa de colostomia.
Interrogatórios – Segundo o que a reportagem apurou, a mãe e a madrasta que denunciaram o caso já foram convocadas duas vezes para prestar esclarecimento na Corregedoria da Polícia Civil, uma delas, para reconhecer os objetos que eram as principais pistas da passagem de C. A. O. J. por uma das delegacias do sistema de segurança pública.
“Elas foram à Corregedoria e como declararam publicamente reconheceram o cordão de ouro e o de prata com a estrela de Davi, o boné branco e o relógio que foram levados de sua residência junto com o menor naquela triste madrugada”, revela o advogado.
Ainda de acordo à família, vizinhos que tiveram as casas invadidas por suspeitas incorretas e que testemunharam o caso, também foram ouvidos. Os objetos citados pela defesa foram exibidos por reportagens de programas policiais nas principais TVs de Rio Branco.
Ainda de acordo a defesa, foi apresentado durante a investigação uma imagem do menor em uma das delegacias, “o que em tese confirma que a vítima estava em poder do estado”, acrescenta o defensor.
O OUTRO LADO:
A assessoria de Policia Civil não confirmou a exibição dessa imagem. Com relação a mudança do delegado Karlesso Nespoli, a Polícia Civil informou que foi administrativa e para o bem da dinâmica policial. Esclareceu que além da DIC foram transferidos os delegados e coordenadores de praticamente todas as regionais de Rio Branco.
O corregedor preferiu não gravar entrevista nesta fase de investigação. O delegado Karlesso tem se negado a gravar entrevista com a reportagem do ac24horas, desde a apuração inicial dos fatos.
Acompanhamento – O caso foi denunciado na Promotoria Especializada de Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização de Presídios e após a repercussão, a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/Seccional – Acre, também acompanha as investigações.
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