Muitos prefeitos eleitos, em 2016, que ainda comemoram a vitória, terão muito que chorar depois que tomarem pé das situações das prefeituras que irão administrar. Com a crise econômica e política do Brasil não será fácil fazer a gestão pública municipal com a redução evidente dos recursos federais. Sem falar da incompetência de antecessores que deixaram as prefeituras em situações piores do que encontraram. Portanto, aproveitem bem a festa enquanto podem. A população em geral não entende essas questões financeiras relacionadas a recursos federais. Querem saber de ruas pavimentadas, lixo recolhido, água na torneira, postos de saúde, escolas e creches funcionando. A cobrança será forte e muitos prefeitos eleitos certamente irão decepcionar os seus eleitores. Pegando os dois maiores municípios do Acre, em Rio Branco, ainda existem muitas obras paradas por falta de recursos liberados. Marcus Alexandre (PT) terá muitos desafios para terminar bem a sua gestão, ainda mais se enfrentar o boicote da bancada federal acreana ligada ao presidente Temer (PMDB). Em Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (PMDB), poderá herdar dois mil funcionários provisórios que estão, no momento, com quatro meses de salários atrasados. Esse quadro de dificuldades se repete em praticamente todas as prefeituras acreanas. Então muitos que se elegeram, na verdade, ganharam um “presente de grego”. Se preparem…
A hora da cadeia
Outro problema, alguns prefeitos mexeram “naquilo” que não podiam. Principalmente nas prefeituras que trocaram o comando dos seus grupos políticos será um “denuncismo” sem fim. Irá faltar cadeia para prender tantos ex-gestores.
“Vão ter que me engolir”
Encontrei com o prefeito eleito de Manoel Urbano, Tanísio de Sá (PMDB), que já tem uma lista enorme de irregularidades envolvendo a prefeitura e o Governo do Estado do PT. Empresário bem sucedido com negócios em Sena Madureira, Tanísio promete fazer uma “revolução” no município do Purus.
Quanto mais rápido melhor
O senador Gladson Cameli (PP) tem todos os motivos para que a Lava Jato chegue logo a uma conclusão sobre parlamentares do PP acusados. Quanto mais demorar, como seu nome continua na lista, maior será o seu desgaste político. Ainda mais depois que o seu “desafeto” governador Tião Viana (PT) já se livrou.
Questão delicada
A liberação e a prova de inocência de Gladson nas investigações e ações jurídicas da Lava Jato o fortalecerá. Mas se por algum motivo o resultado for contrário será o fim da sua carreira política. Como pretende ser candidato ao Governo, em 2018, deve torcer para o andamento rápido e a conclusão do processo.
Ah Lula!
Com o prestígio internacional que conseguiu nos seus dois governos, Lula (PT), era para ser uma espécie de Rainha da Inglaterra da política brasileira. Mas a cada dia aumentam suspeitas e processos contra o ex-presidente. Já tem petista estrelado que não acredita na sua inocência. Pode?
Pra quê simplificar?
Lula fez inúmeras palestras no exterior. Algumas pagando milhares de dólares. Ganhou quanto quis com o seu prestígio. Então, por quê não comprou um sítio com o próprio dinheiro? Ou um apartamento de praia no Guarujá (SP)? Ficar rico não é crime, crime é usar dinheiro do alheio, como se diz no Acre.
Ainda muita confusão
O processo contra a chapa Dilma e Temer no TSE continua e cada vez com indício mais fortes de culpabilidade. Se houver uma condenação será necessário uma nova eleição no Brasil. A crise política ainda está muito longe de terminar. Acho mesmo que um novo pleito seria um caminho para acalmar o país.
Mudem o foco
Os debates sobre a PEC do Temer que coloca teto nos gastos públicos na ALEAC não tem sentido. O quê isso pode influenciar em Brasília? Ou será que estamos vivendo na Suíça e não existem problemas sérios no Acre? Por favor, mudem a sintonia e voltem pra Terra de Galvez.
Por exemplo…
A CPI das Casas Populares foi praticamente ignorada na sessão desta quinta, 13. O Ministério Público deu parecer favorável para que a CPI seja instaurada. Esse é um tema que diz respeito à realidade social e política do Acre. Ou não?
Assunto delicado
As suspeitas da maneira como foram destinadas as casas populares pela SEHAB merecem uma investigação delicada. Na minha avaliação, é uma CPI bomba se os parlamentares trabalharem direito. Os estilhaços podem encerrar a carreira política de muita gente.
Indícios
Se o vereador eleito de Rio Branco, Manoel Marcos (PRB), se tornar o líder de Marcus Alexandre (PT), na Câmara, teremos pistas do futuro político do prefeito. Obviamente que Marcus precisa de parlamentares ligados ao Governo Temer para conseguir liberar recursos e terminar as obras da sua gestão. O PRB é um dos caminhos possíveis e a sua ligação com o deputado federal Alan Rick (PRB) cada dia mais estreita.
Questão de sobrevivência
Que Marcus é um político diplomático e afeito ao diálogo não há dúvida. Se não ficar refém da bancada federal do PT e der um passo mais largo conseguirá os recursos que precisa para terminar obras importantes. Entre elas destaco o Shopping Popular de grande apelo social, mas também eleitoral. Tudo é uma questão de diálogo com os parlamentares de oposição que já estarão de olho nas suas reeleições em 2018.
De olho no dinheiro repatriado
O governador Tião Viana (PT) tem sido um dos principais articuladores para que a bancada federal do PT vote a favor da repatriação de recursos brasileiros no exterior. Isso porque uma parte dos bilhões desse dinheiro, que voltaria legalmente para o Brasil, vindo de contas bancárias de milionários, algo em torno de R$ 50 bilhões, irá para os estados. Viana, lembrando os seus tempos do Senado, tem negociado até mesmo com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM –RJ). Já passou boa parte dessa semana em Brasília nessa batalha e voltará na próxima segunda para que a matéria entre na pauta de votação da Câmara Federal. Esse sim é um caminho válido…