Em entrevista ao Correio, Marina relevou a derrota da Rede, partido criado por ela há pouco mais de um ano, e a saída de intelectuais da legenda logo depois do primeiro turno. “Acho que há desprendimento em quem faz um movimento de saída e coloca por escrito as críticas”, diz ela, para em seguida afirmar que há contradições na carta de despedida. Sobre a saída para a crise, Marina não aponta nenhuma medida. Ao ser questionada mais de uma vez, ela finalmente afirma que as propostas devem ser debatidas pela sociedade, e isso só seria possível com novas eleições. “O melhor caminho para o Brasil seria não ter desistido do processo do TSE.” Para Marina, a política está ficando impotente. “O Brasil é um caso típico. A crise econômica que temos é decorrente de decisões políticas equivocadas.” Em Brasília, ela diz que terá candidato em 2018 — e, na conversa, apontou para o distrital Chico Leite na chapa majoritária. A seguir os principais trechos da entrevista:
É claro que um processo político, um partido político, a gente precisa ter algumas métricas para poder fazer a avaliação. Uma delas é o resultado eleitoral. Quando a gente começou o processo de filiação das pessoas, visando ter candidatura em 2016, havia um prazo de filiação e boa parte das pessoas que gostaria de se filiar à Rede tinha se filiado a outros partidos, porque tinha medo, receio, de que esse registro poderia não sair. Mas sempre nos era perguntado, quando conseguimos viabilizar algumas candidaturas em cerca de 156 municípios, qual era nossa expectativa. E a principal expectativa sempre foi ajudar a melhorar a qualidade da política. E acho que, nesse objetivo, conseguimos dar uma contribuição. Uma grande quantidade de pessoas jovens que estavam saindo pela primeira vez com 20, 30, 40 anos, na política, coisa que, dificilmente, nos partidos tradicionais, teriam chance. Pessoas que, com pouquíssimos recursos, alguns segundos de televisão, nenhuma estrutura, conseguiram sair de traço para 8%, 10%, até quase 11%, como foi o caso da Úrsula, no Pará, concorrendo com estruturas da polarização de altíssimo quilate. Então, nesse sentido, temos uma avaliação positiva. Quando as pessoas fazem, comparativamente, o que foram os resultados eleitorais de 2010-2015, elas têm uma tendência a achar, no meu entendimento erroneamente, de que se faz transferência automática de votos. Eu estou dizendo, desde 2010, que voto a gente não transfere, porque o voto não é de quem o recebe, é de quem o dá. E ,no momento em que ele dá o seu voto, ele já recolhe para si mesmo para dar na próxima eleição a quem ele, democraticamente, entende que deve fazê-lo.
Nós estamos no segundo turno em Serra (ES) com um candidato da Rede, que é o Audifax, temos o Aliel lá em Ponta Grossa (PR) e, obviamente, que eu ajudarei. Até porque, no caso do Audifax, foi uma situação bem traumática, porque ele teve um grave problema de saúde, ficou em coma uma boa parte da sua campanha e quando, graças a Deus, se recuperou, já era na reta final da campanha e está no segundo turno. Temos também o Clécio em Macapá. Onde nós estamos coligados, obviamente, já estou apoiando da forma que for mais adequada, como é o caso do Lamac, que é vice do Kalil lá em Belo Horizonte. No caso do Rio Grande do Sul, nós estamos também, mas é a forma mais adequada porque em uma estratégia de segundo turno as coisas ficam mais tranquilas, até porque as pessoas têm mais tempo, há um equilíbrio maior. Quanto à exposição, talvez fosse bom verificar, fazer um comparativo, entre as lideranças nacionais do PT, do PSDB, do PMDB, a quantidade de cidades que eles visitaram e a quantidade de cidades que eu visitei só para vocês fazerem uma aferição, porque a exposição não é essa que consegue ser acompanhada pela grande mídia.
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