O senador Jorge Viana usou a tribuna do Senado nesta terça-feira (04) para desejar sorte aos prefeitos eleitos nos municípios acreanos no último domingo e se colocar à disposição para continuar ajudando como parlamentar em Brasília. Ele destacou a reeleição de Marcus Alexandre na capital acreana e atribuiu a vitória já no primeiro turno ao bom trabalho que o prefeito tem executado na cidade que reúne mais da metade da população do estado.
“A população o elegeu, mesmo no meio desse turbilhão político, porque entendeu que ele está fazendo um bom trabalho. Deram a ele a oportunidade de concluir os projetos que começou”, declarou o parlamentar que aproveitou para cumprimentar aos que trabalharam pela candidatura de Marcus Alexandre, como os dirigentes do PT no Acre, o atual vice-prefeito, Márcio Batista, as bancadas federal e estadual, além do governador Tião Viana, “que com sua equipe fez o que pôde para alcançarmos esse resultado”, avaliou.
O senador citou e parabenizou todos os 22 prefeitos eleitos no Acre e destacou as vitórias do PT nas cidades de Brasileia, com a candidata Fernanda Hassem, e em Xapuri, com Bira. Também parabenizou a candidata Carla Britto que, mesmo derrotada em Cruzeiro do Sul, começou a campanha em último lugar nas pesquisas eleitorais e terminou em segundo lugar com quase 30% dos votos. “Uma das campanhas mais fantásticas que vivenciei foi da Carla Brito, uma delegada de polícia, professora que fez com que as pessoas voltassem a ter fé numa renovação da política em Cruzeiro”, destacou.
Jorge Viana fez uma análise do resultado das eleições e mostrou que o Partido dos Trabalhadores foi o que mais elegeu vereadores e vereadoras e que teve maior percentual de votos no estado. Ainda assim, destacou que os números, não só no Acre como no Brasil, mostram que a população está mandando um recado para a classe política.
O parlamentar comentou sobre o alto índice de abstenções nessas eleições, que em algumas capitais, como São Paulo, maior colégio eleitoral do país, foi maior do que o número de votos do candidato eleito no primeiro turno.
“O Brasil vive uma das suas fases políticas mais graves, com a política judicializada, criminalizada. A responsabilidade maior é dos partidos políticos, de todos nós que ocupamos função pública, de entendermos que, sem uma profunda reforma política, sem modificações que tragam de volta a crença e a credibilidade dessa atividade tão importante na vida democrática, que é a atividade política, nós não vamos trazer de volta a esperança e a confiança da população”, concluiu.