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Falta de médicos prejudica sessões de quimioterapia no Hospital do Câncer

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Pacientes com câncer reclamam da dificuldade para agendar quimioterapia no Hospital do Câncer, em Rio Branco. Há casos em que a espera chega 60 dias, prejudicando os tratamentos dos usuários da unidade de saúde. Um dos motivos seria a falta de médicos e, ainda, a recusa de um deles em atender mais que oito pacientes por dia.


“O meu pai está há dois meses esperando para conseguir a consulta. Infelizmente, a médica só atende oito pessoas por dia, mas o plantão dela é de doze horas. É muito triste essa situação. Já não sabemos o que fazer. O jeito é denunciar essa situação. As pessoas estão morrendo”, diz a filha de um dos paciente em tratamento.


Sobre a situação, a Direção do hospital informou que desconhece a demora de 60 dias para a realização das sessões de quimioterapia. Destacou ainda que realizou concurso para novos médicos, mas a oncologista aprovada decidiu não mais preencher a vaga e alegou que já estava vivendo em outro estado. Um outro profissional deve ser contratado.


Um dos pacientes, em conversa com o ac24horas nesta quarta-feira, dia 28, afirmou que também está faltando uma série de medicamentos na unidade. Um deles, a “Idarrubinina” não estaria sendo distribuído há mais de 30 dias. “A gente, que tem câncer, que sofre todo dia, além de se preocupar com a doença, fica com medo de piorar porque não tem remédio no hospital”, comenta.


A microempreendedora Antonia Campos, de 39 anos, conta que já acompanha o tratamento da irmã há mais de um ano e que a situação atual é uma das piores já vividas na unidade pública de oncologia. A mulher conta que já precisou comprar o remédio “Tramal”, usado para minimizar as dores da irmã.


“Há algumas semanas eu cheguei a comprar, porque aqui não tina. Essa situação é ridícula. O mínimo de medicamento que deveria ter é o Tramal. Ele é o mais usual pelo que a gente escuta. São duas preocupações para os pacientes. A gente vê as pessoas morrendo aqui quase que todos os dias. É triste, mas essa é a realidade”, lamenta.


A Direção do Hospital do Câncer desmentiu as denuncias e disse, em nota, que controla os estoques de medicamentos de forma continua “para que não haja prejuízo no tratamento de saúde dos pacientes atendidos na Unacon”. Além disso, esclareceu já licitou os medicamentos e aguarda a entrega dos lotes. O hospital não deu prazo para isso.


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