Thaumaturgo poderá eleger o primeiro índio prefeito da história do Acre

Segundo as minhas fontes a disputa está acirrada pela prefeitura de Marechal Thaumaturgo entre Aldemir Lopes (PT) e o ashaninka, Isaac Pianko (PMDB). Educador com curso superior, Isaac, é muito querido por outros povos indígenas da região do Juruá. O fato de ser aliado do presidente Michel Temer (PMDB) e ter várias conexões internacionais através da atuação dos ashaninkas poderá garantir muitos recursos ao município, caso Isaac Pianko consiga vencer as eleições. Por outro lado, o seu adversário, Aldemir que concorre à reeleição, é primo do ex-prefeito Itamar de Sá (PT), prefeito três vezes de Thaumaturgo. Se o Primo, como é conhecido, vencer manterá a família e o PT pelo quarto mandato consecutivo na prefeitura do município do Alto Juruá. Aldemir terá o apoio do governador Tião Viana (PT), da bancada federal do PT e do senador Jorge Viana (PT) para conseguir recursos. Enquanto Isaac tem ao seu lado os senadores Gladson Cameli (PP) e Petecão (PSD), os deputados federais Jéssica Sales (PMDB), Flaviano Melo (PMDB) e Major Rocha (PSDB). Será uma disputa voto a voto.

Filho da terra
Se Isaac sair vitorioso será o primeiro prefeito de Marechal Thaumaturgo nascido no município. Tanto Itamar de Sá quanto o Primo são nascidos em Cruzeiro do Sul. Thaumaturgo nunca conseguiu eleger um filho da terra.

Preconceito latente
Apesar do Acre ser um dos estados que mais têm indígenas, o preconceito ainda é muito grande. As 19 etnias compõe o povo original das terras acreanas. Mesmo assim os indígenas, na verdade, foram sempre usados por outros políticos sem nunca terem chegado a sentar no trono da gestão de nenhum município.

Pobres “injustiçados”
Quem ouviu os discursos dos deputados Daniel Zen (PT) e Éber Machado (PSDC) sobre a sentença que inocenta, em primeira estância, nesta terça, 27, na ALEAC, os acusados da Operação G7 se compadeceu dos empresários e ex-secretários do Governo do PT. Segundo os deputados, os acusados tiveram as suas honras “enlameadas” apesar da inocência.

A hora das estátuas
Cheguei a conclusão que os acusados do G7 são, na verdade, “mártires da Nação Acreana”. Sugiro aos deputados da base governista que façam moções de aplausos aos ex-réus e, quem sabe, indicações para sejam erguidas estátuas e bustos dos personagens do G7.

Ainda não acabou
Na realidade, o Ministério Público Federal poderá recorrer ainda da sentença de absolvição dos acusados do G7. Na minha opinião, a conclusão desse caso deveria acontecer por instâncias judiciais fora do Acre. Mas não acredito que o MPF vá de fato recorrer.

Nem tão “menino” assim
Piada que circulava nos corredores da ALEAC. O senador Jorge Viana (PT) não tem mais idade para ser o “Menino da Floresta” que consta na lista de propina da Operação Lava Jato. O autor da piada é um petista, supostamente, aliado de Jorge.

Fogo amigo
Se conselho fosse bom não se dava, mas se vendia. No entanto, o senador Jorge Viana deve ficar bem “esperto” com os seus aliados do PT do Acre. Existem muitos querendo ver a sua “caveira”. Se acontecer algo nessa “história” com o senador, pode ter a certeza, que as maiores comemorações serão entre “aliados” da FPA. Até mais do que na oposição.

Rei morto, rei posto
A história de Jorge Viana como prefeito de Rio Branco e governador do Acre ainda incomoda muita gente. Principalmente, aqueles que se passam por seus “aliados”. A liberdade que Jorge tem em expressar as suas opiniões desagradam bem mais pessoas do que ele imagina.

“Malas” em viagem
O que mais escuto falar sobre as eleições de Tarauacá é a possível chegada de “malas pretas” carregadas por “mãos de luvas vermelhas” na reta final da campanha. Acho que em tempo de crise não é bem assim que a banda toca. Mas não custa nada a Polícia Federal e o TRE ficarem atentos.

Malas versus Malas
Por outro lado, as “mãos de luvas vermelhas” também temem que “barões da oposição” façam derrames de dinheiro em Tarauacá. O que me impressiona é que todos os lados em disputa no município parecem acreditar que a eleição será decidida com dinheiro no famoso “esquema do dia”.

Plano místico
Nesse clima de disputa de Tarauacá conversei com lideranças dos dois lados. Quanto ao “derrame” de dinheiro eu disse não acreditar nisso para ambos por conta da crise econômica. Mas um “mão de luvas vermelhas” me disse que quando as coisas estão difíceis só Jesus poderá salvar. Será que Jesus se mete nessas questões mundanas?

Escaramuças da reta final
A candidatura de Marilete Vitorino (PSD) está bem posicionada. Essa seria a causa de tentarem um “milagre” na reta final. Os adversários Rodrigo Damasceno (PT) e Teka Torquato (PR) não estão mortos. E se estão ainda podem ressuscitar com uma “injeção de ânimo”. A disputa num colégio eleitoral pequeno ainda pode ter surpresas.

União “improvável”
Entre os muitos erros de avaliação do deputado federal Major Rocha (PSDB) nessas eleições numa ele estava certo. Se tivessem unido as candidaturas de Henrique Afonso (PSDB) e de Carla Brito (PSB), em Cruzeiro do Sul, a disputa seria muito acirrada com Ilderlei Cordeiro (PMDB). PSB e PSDB são oposições ao PT no plano nacional.

Julgamento
O que está em julgamento nas eleições é a gestão do prefeito Vagner Sales (PMDB) que apoia Ilderlei. A vantagem natural de quem está na prefeitura há oito anos é maior. Nesse caso, PSDB e PSB seriam a oposição. Os votos divididos em três forte candidaturas beneficiam Ilderlei. Mas claro que eleição só é decidida com os votos nas urnas. Mas a tendência aparentemente é essa.

Debate “agitado”
Acredito que as críticas aos candidatos à prefeitura de Rio Branco pelo debate “morno” na TV Gazeta terão efeitos. Podem se preparar para um embate mais “agressivo” entre Marcus Alexandre (PT), Eliane Sinhasique (PMDB) e Raimundo Vaz (PR). O pau vai cantar na TV Acre, nessa quinta, 29, depois da novela.

Injusto
A TV Acre ainda tem tempo de rever a sua posição de não convidar o candidato da Rede, Carlos Gomes (Rede). Afinal, trata-se de um representante de um importante partido nacional criado com bases no Acre pela ex-senadora Marina Silva (REDE).

Mulher de “malandro”
As divergências na política são normais e fazem parte da democracia. Mas o que mais tenho visto imperar e destruir reputações políticas no Acre é o fogo amigo. Recentemente dois deputados estaduais da base da FPA passaram por situações “vexatórias” com os cardeais do PT por não dizerem “amém” a tudo que é imposto. Pois esses mesmos parlamentares atualmente são os maiores defensores do “projeto” comandado pelo PT. Ou gostam de apanhar ou têm interesses maiores que o simples jogo ideológico.