Só um fato fora de série muda a disputa em Rio Branco

Vamos todos deixar de lado as paixões políticas. Não é possível que todas as pesquisas feitas até aqui pelo DELTA e IBOPE, que apontam o prefeito Marcus Alexandre (PT) numa boa dianteira, distanciado da candidata Eliane Sinhasique (PMDB) estejam erradas. Acho os números do IBOPE exagerados. Mas nada que mude o panorama das aceitações. Esqueçamos as teorias conspiratórias e vamos aos fatos reais. Não é fácil derrotar um prefeito como o Marcus , com a gestão bem avaliada e disputando a eleição no cargo. Tudo está a indicar que não se tenha segundo turno. A própria configuração das candidaturas já foi um meio caminho andado para a decisão ser de primeiro turno: o de uma oposição dividida. A Sinhasique parece ter batido no seu teto eleitoral, não avança nos números. A candidatura do Raimundo Vaz (PR), da qual se esperava que chegasse a um patamar capaz de somar ao da peemedebista, tem sido mal nas pesquisas. Por mais boa vontade que se queira ter na análise desta campanha à PMRB não se pode vislumbrar uma virada espetacular dos candidatos oposicionistas para levar ao segundo turno. Tenho visto coisas do arco da velha na política, mas são fatos excepcionais. E não vejo nenhum fato extraordinário para brecar uma vitória do prefeito Marcus Alexandre. E não culpem, jamais, a Eliane, tem sido uma guerreira solitária. E não sejamos hipócritas: a oposição está “eventualmente” na sua campanha, mas não coesa.

IBOPE
Não vejo nenhuma teoria de conspiração acerca do IBOPE. Mas tenho o direito de achar os seus números exagerados. Como foram em outras eleições e passaram longe do resultado.

Estava certo
Alguns radicais do PT torceram o nariz quando o prefeito Marcus Alexandre (PT) trouxe a disputa para o seu perfil de gestor e deixou de lado a figura do petismo, tão arranhada na “Lava-Jato”. Faz a campanha só no horário eleitoral. As pesquisas mostram que acertou.

Não se vota
Tenho repetido que, para disputa majoritária se vota no nome e não no partido. E quando há a empatia com o eleitor e estando no poder é altamente favorável, como no caso do Marcus Alexandre (PT). Mas quando o povo não quer, não há máquina do poder que impeça. Basta lembrar as eleições ao Senado do Sérgio Petecão (PSD) e do Gladson Cameli (PP).

Coloquem uma trava
Ninguém falava mais coisa maluca do que a Dilma. Dela estamos poupados. Deixou o Lula para lhe substituir. E o Lula leva o título de “Campeão do Besteirol” do ano, ao dizer que, a política é a atividade mais “honesta”, porque o político rouba, mas se submete às urnas. Isso dito depois de que o que ocorre na “Lava-Jato” e para se pedir que se coloque uma trava na sua língua.

Uma eleição não decidida
Estive em Brasiléia. Há prenúncio de disputa equilibrada. Deve ser decidida nesta reta final. Conversei com vários amigos. É o que eu senti. A Fernanda Hassem (PT) tem o carisma e é forte. O adversário Manoel Prete (PSDB) tem mais partidos o apoiando e estrutura financeira.

Uma vantagem
Se pode ser atribuída alguma certa vantagem a um dos candidatos a prefeito de Brasiléia é à Fernanda Hassem (PT). Por ter sido a vereadora mais votada, é atuante, e ter memória eleitoral. Manoel Prete (PSDB) foi vereador, mas está muito tempo afastado da política

Uma situação inversa
Quando passei para o lado de Epitaciolândia o que escutei foi diferente de Brasiléia. De que o candidato Tião Flores (PSB) é o que tem uma maior aceitação e que a sua vitória é provável. Todas as pessoas com as quais conversei cita o seu nome como o melhor posicionado.

A noiva da vez
Quem está numa sinuca é o prefeito de Epitaciolândia, André Hassem. O PT, que o rejeitou, disse que só queria seu apoio se fosse escondido debaixo da cama, como se tivesse uma doença contagiosa, negou legenda para a sua irmã Adriana Hassem, e neste final foi lhe implorar apoio. Purismo ideológico, não ganha eleição. Deveriam ter pensado nisso antes de escorraçar o André com um chute no traseiro. Mas, cada um no seu quadrado.

Situação muito difícil
O prefeito André Hassem está numa situação política muito difícil. Se apoiar o candidato do PT, Marcos Fernandes, cujo partido a ele só refere-se com adjetivações impublicáveis, fica desmoralizado. Se apoiar Tião Flores (PSB), também, porque ele é o “Plano B” do PT. Só lhe resta apoiar a candidata Rosemaria (PSD). Mas ai vem a pergunta: a Rosemari vai querer?

Samba atravessado
Existem duas estrofes atravessadas, neste samba da prisão de uma assessora do deputado federal Major Rocha (PSDB), acusado de integrar uma quadrilha de bandidos. A primeira estrofe é que o fato não trouxe nem um leve indício da participação do parlamentar em atos ilegais. E nem haveria de ter. A segunda é que não vejo motivo para querer a PF, neste caso.

Não é um fato político
Este não é um fato político. É um fato policial. Não votei no deputado federal Major Rocha (PSDB), não lhe devo um favor, nem de um copo com água. Não concordo com algumas atitudes radicais suas. Isso me permite dizer: é maldade política lhe vincular à quadrilha.

Outra bobagem
Outra grande bobagem é se acusar o governo de montar a operação policial para prejudicar o deputado federal Major Rocha (PSDB). Acusação sem nenhum sentido.

Defendo a operação
Não há nada que me leve a crer que a operação que prendeu mais de 60 supostos integrantes de uma quadrilha de bandidos tenha tido a intenção de lhe mirar. Até porque não foi acusado de nada. Exatamente por isso é que, defendo a licitude e novas operações do tipo.

Como omitir?
Como é que numa coletiva com a imprensa, os delegados poderiam esconder que uma das mulheres que supostamente integrava a quadrilha de bandidos da facção “Comando Vermelho”, trabalhava no gabinete do Deputado Rocha? Não consigo, pois, ver perseguição.

Franco favorito
As informações que consegui de Assis Brasil é que o candidato a prefeito do PSDB, Zum, só perde a eleição se houver um grande contratempo. Vai ganhar um belo dum abacaxi. É com certeza a prefeitura mais sucateada do Acre e com meses de salários atrasados.

Não tirem da disputa
Em Senador Guiomard tem pesquisas para todos os gostos. Cada uma com números favoráveis aos candidatos. Deixando as pesquisas de lado: não tirem o Jorge Catalan (PP) da disputa.

Afunilou de vez
Em Tarauacá, o que se esperava está acontecendo, a eleição se afunilou nesta reta final entre os candidatos Marilete Vitorino (PSD) e Rodrigo Damasceno (PT). Marilete tem mostrado nesta reta de chegada a um maior número de adesões do que o seu oponente Rodrigo.

O que tem acontecido
O pessoal da candidata Marilete Vitorino (PSD) fique esperto, porque grandes esquemas financeiros são jogados no dia da votação, por figuras conhecidas. E virado muitas eleições em Tarauacá.

Depoimentos pesados
Depoimentos pesados, com gravações, circulam em Sena Madureira, tendo como protagonistas apoiadores das candidaturas do Mazinho Serafim (PMDB) e Toinha Vieira (PSDB). Chegaram até à coluna. Não publico fatos que envolvam questões pessoais.

Indio não quer apito, quer apitar
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, tem dado como certa por “larga margem” a vitória do candidato a prefeito de Marechal Taumaturgo, o índio Izaque Pianco (PMDB) que, segundo ele, vem das aldeias com 600 votos. “O resto a gente completa”, afirma Sales.

Nova pesquisa
O credenciado instituto DELTA deverá nesta segunda-feira estar divulgando uma nova rodada de pesquisas sobre a eleição para a prefeitura de Rio Branco. Na campanha passada foi o único instituto a ficar mais próximo do resultado para o governo estadual.

Debate municipal
O que sido importante no programa eleitoral é que os candidatos têm focado nos temas municipais, como deve ser, até porque os cidadãos querem saber o que pretendem os postulantes para a cidade de Rio Branco.

Novos assaltos sem providência
Novos assaltos aconteceram esta semana na região do Tropical, aonde, apesar dos apelos, das críticas, o setor de segurança não conseguiu montar um plano para proteger os moradores. Não é possível que a polícia não tenha capacidade de prender os autores. É inadmissível!.

Democracia zero
O candidato a prefeito de Rio Branco, Raimundo Vaz (PR), com 3% poderá participar do debate da TV-ACRE. O Carlos Gomes (REDE) com 2% não poderá. Se um estivesse com uma larga diferença do outro ainda se entenderia. Não é uma atitude democrática da emissora.

Chapa PDT-PRB
Elzinha Mendonça (PDT), Junior Brana (PDT), Tiago (PDT), Sandro (PDT), Manuel Marcos (PRB), Sandra Asfury (PDT), Bety Pinheiro (PDT), possivelmente daí sairão dois vereadores da Capital.

Coligação PT-PSB
Evandro Rosas (PSB), Artêmio Costa (PSB), vereador Roger (PSB), vereador Antonio Lira (PT), Lidiane Moraes (PT), Socorro Lima (PT), Rodrigo Forneck (PT), Jackson Ramos (PT), vereador Ismael Muniz (PT), vereadora Graça da Baixada (PT), Vereadora Rose Costa (PT), André Mansur (PT), Pelezinho (PT), Mamede Dankar (PT) são os mais fortes da “chapa da morte” – coligação PT-PSB. Eleger três é normal, será difícil eleger quatro, mas nada impossível. Não passa disso.

Esqueceram do principal
Quando se monta uma indústria, antes se avalia se haverá matéria prima. Parece que ao se construir a Estação de Piscicultura, uma obra belíssima, portentosa, moderna, o governo não se preocupou. O peixe produzido no Acre não é suficiente para lhe abastecer. Está importando peixe caro de Rondônia para processar e não fechar as portas. Uma situação muito delicada.

Fugindo da prática do sabujo
O PDT e o PRB formam a coligação mais forte desta eleição municipal, entre os nanicos. O que chama a atenção é que o PDT e o PRB colocaram na disputa pelo menos dez nomes com estrutura própria e densidade eleitoral. E não como outros partidos, cuja maioria dos nomes é inexpressiva. O PDT, que já tem dois deputados estaduais, poderá emplacar dois vereadores na Capital. O PRB tem um vereador em Rio Branco, dois deputados estaduais e um deputado federal. E deverão sair mais fortes da disputa. Depois desta eleição o PDT e o PRB não poderão mais, serem chamados de nanicos. O PTN, também, está no caminho certo do crescimento. Tem dois deputados estaduais e tudo para eleger vereador na Capital. Partido sem representação no parlamento tem valor zero. É cartorial. É igual boi sem chocalho, não puxa a manada. Para conseguir algo do poder tem que bajular. O sabujo nunca é respeitado.