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Onde os fracos não têm vez

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Do Conselho Editorial do ac24horas

Os números divulgados nesta sexta-feira, 16, pela Rais (Relação Anual de Informações Sociais) podem parecer promissores para os acrianos ante a crise criada pelo governo da “exonerada” Dilma Rousseff.


Segundo esses dados, o Acre registrou alta de 2,14% no índice de emprego formal em 2015. Ao lado do Piauí (0,67%) e Roraima (2,38%), o Estado forma a tríade dos que andaram na contramão do desemprego no País.


No mesmo período, o Brasil acumulou perda de 1,5 milhão de vagas. A região Sudeste liderou o ranking, com mais de 900 mil empregos pulverizados pela má gestão da economia.


Antes dos fogos de artifício, a realidade: juntos, Piauí, Roraima e Acre geraram apenas 8 mil empregos com carteira assinada.


É claro que o governo de Sebastião Viana lançará mão da Rais para fazer crer que o projeto de industrialização do Acre está no caminho certo. Comparado, porém, ao que se perdeu por obra do governo da companheira Dilma, temos apenas uma gota d’água num oceano de prejuízos.


Ademais, quantos empregos terão sido gerados a partir da iniciativa do governador mais impopular do Acre nos últimos 20 anos?


A resposta parece simples, se excluídos os cargos arrumados aos apaniguados que vivem de dar boas notícias ao “chefe maior” – e para isso recebem proventos de marajás.


A julgar pelo que não consegue detalhar o atual governo sobre as vagas criadas, seu único mérito consiste em repassar ao funcionalismo público aquilo a que ele tem direito.


Em outras palavras, o que outrora já foi mérito da Frente Popular, não passa de obrigação do governante da hora: pagar em dia o salário a que os servidores têm direito.


Nada, além disso, pode ser atribuído como mérito do governo acriano.


O discurso da industrialização e geração de empregos esbarra na crua realidade de um Estado em que grande parte da juventude ainda não ingressou no mercado de trabalho.


Penitenciárias cheias de jovens e adultos de ambos os sexos, a maioria presa por tráfico de drogas, dão a ideia exata da política fracassada de geração de emprego e renda desde 1999, quando Jorge Viana assumiu, pela primeira vez, o governo do Estado.


De lá pra cá, o Acre patina nas iniciativas de criar alternativas a uma população de desempregados que acaba descambando para as atividades ilícitas. Isso explica muito da violência que vivenciamos no dia a dia, sobretudo na capital.


Junto com os outros dois geradores de empregos no Brasil em 2015, o Acre prova exatamente onde os fracos não têm vez.


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