O relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – Dados de 2015, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), evidencia a permanência do quadro de omissão dos poderes públicos em relação aos direitos dos povos indígenas. Um dos tópicos mais polêmicos diz respeito direito à terra, algo que que impacta tradicional de viver.
O relatório mostra que, na comparação com os dados de 2014, houve redução de um caso (138). Mostra ainda que desde 2003, 891 indígenas foram assassinados, resultando em uma média de 68 mortes violentas por ano.
O próprio Cimi registrou, em 2015, 52 casos de violência com 54 vítimas de assassinatos nos estados do Acre (1), Amapá (3), Amazonas (4), Bahia (5), Maranhão (3), Mato Grosso do Sul (20), Minas Gerais (1), Pará (2), Paraná (5), Pernambuco (1), Rondônia (1), Roraima (1), Santa Catarina (1) e Tocantins (6).
Nesse sentido, o presidente do Cimi e arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, na apresentação do relatório, indigna-se “porque se repetem e se aprofundam as mesmas práticas criminosas, sem que medidas tenham sido efetivamente adotadas”, e questiona: “ Até quando teremos que apresentar esses relatórios?”.
O Cimi obteve dados parciais da mortalidade indígena na infância. Somando as duas bases de dados, chega-se a um total de 599 óbitos de crianças menores de 5 anos em todo o país. Trata-se de números parciais, visto que pelo menos três Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) deixaram de informar se houve mortes na área de sua abrangência (Alto Rio Juruá, Bahia e Parintins).
Acesse na íntegra: Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – Dados 2015