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Oposição sai rachada na sucessão de Mêrla; Kiefer [PP] e Pelé Campos [PMDB] querem virar prefeito

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Jairo Carioca

Pecuária é a segunda atividade que mais emprega. O município é mais um que tem o serviço público como principal movimento da economia. Terra é conhecida pela produção de açaí, mas não dispõe de uma indústria para comercialização em larga escala.



Renova Feijó. Esse é o tema utilizado pelo candidato Kiefer Roberto Cavalcante Lima. Ele é candidato a prefeito pelo PP e conta com o apoio do senador Gladson Cameli. Natural de Rio Branco, Kiefer é casado, tem nível superior, e tenta pela segunda vez consecutiva chegar ao cargo máximo do município. Em 2012 ele obteve 25,89% dos votos válidos, ficando em segundo lugar na disputa com o atual prefeito, Mêrla Albuquerque. Em 2016 foi 33º colocado na eleição para Deputado Estadual, obtendo 3.208 votos. Com um patrimônio de R$ 345 mil, ele conseguiu juntar seis partidos nesta eleição: PP / PSDB / PSB / PDT / DEM / PSC. O vice é Claudio Braga Leite.


Pedro Rodrigues Cavalcante Neto, o Pelé Campos, deveria compor a chapa de Kiefer, ou vice e versa. Rompeu com os partidos de oposição devido a um acordo não cumprido por Kiefer que, ao sair para deputado estadual, iria apoiar Pelé para prefeito. Natural de Feijó, aos 42 anos, Pelé é solteiro, conseguiu reunir além do seu partido, o PMDB, o PR, PSD e o PRP na coligação Feijó no rumo certo. Ele foi eleito vereador em 2012. Seus bens apresentados à Justiça Eleitoral estão avaliados em R$ 60 mil.


Hammerly da Silva Albuquerque, o Mêrla, é candidato à reeleição. Mêrla chegou a ser empossado deputado estadual herdando a vaga do ex-prefeito de Feijó, Juarez Leitão, por meio de liminar concedida pelo desembargador Feliciano Vasconcelos, que entendeu ser o mandato do partido. A disputa pela vaga aconteceu com a suplente Dinha Carvalho.


Em 2012, apoiado no prestígio político de seu pai Francimar Fernandes e nas obras realizadas pela administração de Sebastião Viana (PT), Mêrla devolveu o comando administrativo de Feijó à Frente Popular do Acre, que perdeu espaço no interior do Estado.


Numa disputa com quatro candidatos, num universo de 17.973 votos, Mêrla conquistou 5.993 sufrágios (45,17% dos votos válidos). Dindim Pinheiro que teve a administração marcada por várias acusações de irregularidades obteve 3.368 votos (25,39%).



Desafios
Serviço público é a maior atividade econômica na terra do Açaí


Grande parte dos investimentos recebidos pelo município de Feijó, nos últimos anos, foi assegurado pelo Crema (Contrato de Recuperação e Manutenção de Rodovias). Em 2013, no segundo ano de gestão do atual prefeito, o governador Sebastião Viana anunciou investimentos de R$ 72 milhões para a cidade. Era o chamado: Novo Eixo de Desenvolvimento que deveria atingir as cidades de Feijó, Tarauacá e Sena Madureira.


Considerada pelo estado como um dos berços da produção rural do Acre, em junho deste ano, o Estado voltou a anunciar investimentos milionários, desta vez, para o campo. Investimentos superiores a R$ 4 milhões, a partir do lançamento do Programa de Fomento e Incentivo às Cadeias Produtivas, Agroflorestais e Serviços Ambientais. O prefeito Mêrla Albuquerque e o deputado federal César Messias acompanharam a agenda.


Parte do recurso foi destinada à destoca e gradagem de 100 hectares de terra, contemplando 50 produtores rurais. Os investimentos são fruto de um convênio com o Fundo Amazônia, e está prevista, até o fim do ano, a mecanização agrícola de 1.460 hectares em 730 propriedades rurais.


Depois das atividades econômicas voltadas para os serviços, a pecuária ocupa 18% da população ativa. Mas a cidade do Açai é mais um município acreano que tem na administração pública a base da sua economia, o setor industrial se resume a pequenas indústrias de móveis, cerâmicas e artefatos de cimento, e a agropecuária vem tornando-se parte significativa dessa composição, com o cultivo de bovino nas margens das rodovias. Hojé Feijó tem cobertura total da BR 364, ligando a capital Rio Branco à cidade de Cruzeiro do Sul, com a diminuição do custo de vida e melhoria dos serviços públicos.


PLANO DE GOVERNO – O atual prefeito não dedicou nenhum capítulo específico para economia e geração de emprego e renda. Em seu plano apresentado à Justiça Eleitoral, fala timidamente, em duas linhas, da melhoria de ramais para produção rural.


Estímulo à constituição de cooperativas e autogestão, por meio de cursos de capacitação voltados aos produtores rurais; Fomentação do escoamento dos produtos agrícolas; abertura e manutenção dos ramais; e a construção de pontes nos ramais; além da Inserção dos mini e pequenos produtores rurais no Programa “Mais Ambiente”/MMA é o projeto apresentado pelo candidato Kiefer Cavalcante, do PP.


Pelé Campos, do PMDB, não registrou nenhum plano de governo.


 


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