Toda entrevista do senador Jorge Viana (PT) é como pimenta malagueta, causa ardor. E vira debate. Numa eleição modorrenta para prefeito de Rio Branco, o senador Jorge Viana (PT), esquentou o clima, ao comparar ontem a candidata do PMDB, deputada Eliane Sinhasique, a um Branquinho de saias. Rubem Branquinho foi um mineiro que chegou ao Acre pelas mãos do ex- senador Aluizio Bezerra, foi secretário de Obras, deputado federal, foi derrotado na disputa do governo , era conhecido como “Zé Promessa” e construiu uma ponte de madeira sobre o rio Acre, em Brasiléia, que ruiu na primeira enxurrada. O petista considera irresponsável fazer caminhões de promessas na campanha, numa crise econômica, que não poderão ser cumpridas. “A Eliane está com a conversa de bêbado para Delegado”, disparou Viana. Considera que teve influência no afastamento do prefeito Marcus Alexandre do petismo tradicional com suas bandeiras vermelhas, estrela, foice e martelo. “A campanha é regional, para discutir quem vai fazer mais por Rio Branco. Não é nacional”, alfineta o senador.
Um petista que não se enclausura
O Jorge Viana que deu entrevista ontem foi diferente daquele senador que fez discursos raivosos na defesa da ex-presidente Dilma. Numa espécie de mea-culpa, Jorge defendeu que: “o PT precisa reinventar-se, se reencontrar com a ética e a honestidade se quiser voltar a ser o PT de origem”. Isso bate de frente com os grupos radicais do PT, que se acham divindades.
Meu comentário
Não sou da fila do gargarejo do petismo. Quero distância dos “Deuses do Olimpo”. Mas, pilantra tem em todo partido. O senador Jorge Viana (PT) é uma das raras peças do petismo regional com quem se pode conversar discordando e dentro de um debate lúcido. Sabe reconhecer os erros do PT, raridade no seu partido. Sabe que, quem não mudar desaparece.
Falta de alerta não faltou
Falou pouco sobre o governo do irmão Tião Viana. Disse apenas que o alertou para crise na economia brasileira um ano antes dela explodir e ele não se preparou, pareceu não crer, no Acre o dano econômico é grande e não dá para ser avaliado. Mas ele está trabalhando, diz.
Reconhece o sistema podre
O senador Jorge Viana reconheceu que o sistema político brasileiro é podre. Defende novas eleições, com uma constituinte exclusiva para fazer uma reforma política que crie a cláusula de barreira para evitar a proliferação de partidos de aluguel. O fim das coligações proporcionais. Ou ninguém governa o Brasil.
Meu comentário
É de fato imoral termos mais de 30 partidos políticos outros 30 esperando para serem regularizados. A maioria dos seus dirigentes usa esses partidos para negociatas políticas, num verdadeiro balcão de negócios. Concordo com Jorge Viana que o ideal e 5 ou 6 partidos.
Reeleição com novas regras
Na conversa com jornalistas o senador Jorge Viana defendeu o instituto da reeleição, mas dentro de outras regras, nas quais quem vai disputar um novo mandato tem que se afastar do cargo 3 meses antes de registrar a candidatura. Como forma de evitar a disputa desleal.
Minha opinião
Não há nada mais desleal em termos na disputa eleitoral do que um prefeito, um governador, um presidente, disputar a reeleição no cargo. Chega ser uma covardia, porque, durante a campanha usará a máquina a seu favor. Uma desincompatibilização de 3 meses é palatável.
Nega, mas está escrito nas estrelas
O senador Jorge Viana não admite que tenha sido o mentor do fatiamento da votação do impeachment da Dilma e reconhece que, a fórmula era o Plano B dos petistas, que acabou por receber adesões do PMDB. Acha que se tentarem mudar no STF cairá todo o impeachment.
Minha opinião
O PT reclama que o MPF e o TCU atuaram como espécies de cabos-eleitorais do impeachment e denominam a destituição da Dilma, de um “golpe”. Mas não consideram a patuscada jurídica do fatiamento, como um “golpe” na Constituição: naquela do que dá para rir, dá para chorar.
Papo nos bastidores
Já fora da coletiva do senador Jorge Viana (PT), numa conversa entre jornalistas, pincei o comentário: “o que o senador Jorge Viana tem de sobra, falta no governo estadual: comunicação sem amarras com a imprensa. Temos uma comunicação zangada”.
“Medo da derrota”
A candidata a prefeita de Rio Branco, deputada Eliane Sinhasique (PMDB), atribuiu aos ataques do senador Jorge Viana (PT), o sintoma de que sabe que o candidato Marcus Alexandre (PT) não será reeleito. Para Sinhasique, não passa de desespero político dos cardeais petistas.
Fora da disputa
Encontrei ontem o ex-senador Anibal Diniz, que foi um dos melhores assessores de comunicação dos governos petistas e um excelente senador. Falou não ter planos para 2018, só pensando em uma candidatura a cargo eletivo para 2022. Anibal é muito competente.
Fez o que tinha que se feito
O prefeito Marcus Alexandre (PT) fez o que tinha que ser feito na questão da EMURB. Ao ser cientificado pelo MP de que haveria uma investigação de desvio de combustível no órgão, afastou o presidente Jackson Marinheiro e os funcionários investigados. Foi cirúrgico no ato.
Colaboração total
O prefeito Marcus Alexandre não só afastou os funcionários investigados e exonerou o presidente Jackson Marinheiro, mas atendeu a todos os pedidos de documentos solicitados pelo MP, além de apresentar no órgão, o novo presidente do EMURB. O resto é com o MP.
Saindo por cima
Aqui mesmo neste espaço o critiquei. Nada mais justo que neste espaço publicar que o prefeito de Epitaciolândia, André Hassem, está caminhando para fechar o seu mandato por cima, com muitas obras é o reconhecimento nacional, em matéria da “Folha de São Paulo, na qual está relacionado, no Acre, como um dos prefeitos que melhor aplicou recursos federais. Registre-se.
É uma tremenda burrada
A candidata a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), insiste no erro de em entrevistas tentar dar outra versão sobre o que houve entre ela e o advogado Valadares Neto. Está nos autos. Deve jogar para baixo do tapete. A discussão é política. O seu debate deve ser com o candidato Manoel Prete (PSDB), sobre quem fará mais pela cidade.
Foi rejeitada só a Liminar
Na questão da ação que a oposição impetrou para derrubar o ato da mesa diretora que barrou a “CPI da Venda de Casas”, no programa “Minha Casa, Minha Vida”, a justiça apenas negou a Liminar, por não ver urgência, a matéria ainda será votada no mérito. É bom se explicar isso.
Onde perdeu terreno
O PT não é mais unanimidade na juventude. Foi-se o tempo. Por isso o prefeito Marcus Alexandre (PT) tem buscado uma maior aproximação com a juventude, como o ato do “Cacimbão”. O PT conseguiu juntar muitos jovens. E criou um fato de campanha.
Muita desenvoltura
A desenvoltura da candidata a prefeita de Rio Branco, deputada Eliane Sinhasique (PMDB), no horário eleitoral, deve-se ao fato de vir do rádio e ter sido por muito tempo, apresentadora na televisão. Por isso, ela tem o amplo domínio do vídeo.
Chapa inteligente
Ao contrário dos demais dirigentes nanicos, que vivem nas barras das calças do prefeito Marcus Alexandre (PT) fuxicando e atrás de grana para a campanha, o PDT se coligou com o PRB, com um diferencial: os seus principais candidatos a vereador têm como tocar só as suas campanhas, sem virarem pirangueiros. Tem de acabar a história de fazer da eleição uma renda. Cada partido é que tem de bancar os seus candidatos a vereador, sem ficar bajulando para levar alguma migalha que caia da mesa do poder. Quem não tiver cão, cace com gato
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