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PSDB e PMDB em “pé de guerra” jurídica nas eleições de Cruzeiro do Sul

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Para entender as eleições de Cruzeiro do Sul, segundo maior colégio eleitoral do Acre, é preciso ter noções básicas de direito. A “guerra” mais contundente não acontece nos programas eleitorais de rádio e TV e nem nas ruas e palanques dos candidatos, mas nos tribunais. Depois da denúncia da suposta tentativa de comprar um candidato a vereador do PSDB pelo PMDB, agora, a disputa judicial acontece novamente pelo controle dos “partidos” da ex-deputada Antônia Lúcia (PR). Segundo o que me informou o deputado federal Major Rocha (PSDB) houve uma reversão no caso do PR e mais cinco partidos que perderam na Justiça o direito de trocar os seus diretórios. O parlamentar tucano garante que num despacho da desembargadora Eva Evangelista, a Missionária, teria retomado esses partidos que passarão a apoiar o candidato tucano à prefeitura de Cruzeiro do Sul, Henrique Afonso (PSDB). Segundo Rocha, isso terá como consequência a imediata perda de tempo nos programas de rádio e TV do candidato Ilderlei Cordeiro (PMDB), que sairia dos atuais cinco minutos para menos de dois minutos. O tucano quer entrar ainda com outra ação para repor o tempo supostamente perdido nos primeiros programas de Henrique. Isso significaria, caso o pedido seja acatado pela Justiça, que Ilderlei ficaria quase sem tempo nenhum de rádio e TV na reta final da campanha.


O outro lado
Conversei com o advogado Tácito Batista, ligado a campanha de Ilderlei. Na opinião do jurista, essa decisão não afeta em nada nem o tempo de rádio e TV e, menos ainda a coligação do PMDB com o PR. Tácito me enviou um documento mostrando que a coligação do PSDB não colocou o PR e os outros partidos que gravitam em seu redor na ata da coligação que apoia Henrique. Ficou só a Rede. Portanto, os prazos legais para esses questionamentos já estariam vencidos, segundo ele.


Confusão doida
Acredito que ainda vão acontecer muitas manobras jurídicas nas eleições de Cruzeiro do Sul. Pelo andar da carruagem o novo prefeito do município só terá certeza da vitória quando tiver com o seu diploma na mão em dezembro deste ano.

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No prego
Assisti pelas redes sociais a um dos programas eleitorais da candidata da FPA à prefeitura de Cruzeiro do Sul, Carla Ivani (PSB). Ela dizia que na sua campanha falta gasolina para os carros circularem atrás dos votos. Carla garante ser uma campanha “franciscana” com poucos recursos financeiros.


Estranho
Pelo fato da candidatura de Carla ter o apoio das forças políticas do PT do Governo Estadual a gente imaginava uma “fartura” de recursos. Será que abandonaram a candidata no meio do caminho? Bem, se isso for verdade, já tinha acontecido, em 2008, com o falecido ex-candidato Zinho Santos (PP), que reclamou muito depois da derrota para o atual prefeito Vagner Sales (PMDB) de ter sido abandonado.


No jogo
O fato é que com essa queda de braço entre PSDB e PMDB, sem dúvida, Carla ganhou um reforço inesperado para a sua campanha. As chances de chegar à prefeitura aumentaram bastante. Enquanto eles brigam a candidata da FPA tem uma avenida aberta pela frente.


Roteiro previsível
É impressionante que o PT não muda o seu roteiro. Essa já é a sexta campanha eleitoral que faço a cobertura jornalística no Acre. As alegações dos candidatos e apoiadores petistas continuam as mesmas em relação aos oposicionistas.


Sequência de sempre
Em recente entrevista sobre as eleições de Rio Branco, o senador Jorge Viana (PT), o maestro da FPA, destacou os mesmo pontos de sempre: Em primeiro lugar comparar qualquer candidato adversário com o Rubem Branquinho. Em segundo disseminar o medo dizendo que se a oposição vencer não pagará em dia os salários dos servidores. Em terceiro que as promessas dos oposicionistas não são realistas. Quarto uma pesquisa IBOPE com o candidato petista disparado na frente. Quinto que a oposição não se une e por isso não merece a vitória.


Mudou um pouco…
Em relação as promessas de campanha tem uma mudança. Porque nas outras eleições os petistas diziam que só eles poderiam realizar as obras prometidas. Tinham ao seu lado a presidência da República com Lula (PT) ou Dilma (PT), para liberarem os recursos.


…mas nem tanto
Agora, continuam dizendo que a campanha da oposição não cumprirá as suas promessas. Segundo Jorge Viana, o presidente Temer (PMDB) é “fraquinho”. Mas quem será que Temer ajudaria mais no caso de vitória? Marcus Alexandre (PT) ou Eliane Sinhasique (PMDB) do seu partido?


Marqueteiro de plantão
Na entrevista ao jornalista Ray Melo do ac24horas, Jorge Viana ainda dá várias dicas de como a candidata adversária Eliane Sinhasique deveria ser portar na campanha. Ele mostra como o marketing do PMDB deveria funcionar para ter “alguma chance”.


Vale lembrar
Bem, já dizia o velho filósofo chinês que em time que está vencendo não se mexe. Com esse roteiro de campanha o PT venceu todas as principais eleições majoritárias nos mais recentes anos. Por que mudariam agora?


O objeto de desejo
Todo mundo sabe que no Acre o maior objeto de desejo dos candidatos, além do dinheiro, é a gasolina. Se quiserem fazer uma investigação eficiente nas eleições contra o abuso do poder econômico fiscalizem os postos de combustíveis. Ali está o calcanhar de Aquiles de muitos candidatos poderosos.


 Dia da Amazônia
Muito pouco a comemorar nesse Dia. As queimadas aumentaram bastante nos dois últimos anos. O efeito estufa na Amazônia deixou de ser ficção, pelo menos durante o verão. E quem não acreditar que passe o mês de agosto no Acre. Os rios cada vez mais secos. Enquanto isso, liberam áreas imensas para produção madeireira, como em Manoel Urbano, onde quase 100 mil hectares de floresta virgem, às margens do Rio Purus, correm perigo. O projeto de produção sustentável do Acre, a Florestânia, foi jogado no lixo. Isso por falta de pesquisa para aproveitamento dos recursos naturais da floresta e por necessidade de vencer eleições. Resta o consolo das belezas naturais que ainda sobraram e o brilho natural das pessoas que vivem nos estados amazônicos. Mas fica a certeza de que se medidas urgentes e concretas não forem tomadas, a Amazônia, em pouco tempo, será só uma lembrança literária para as futuras gerações.


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