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Muitos impostos, pouco retorno

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Do Conselho Editorial do ac24horas

Os leitores do ac24horas foram informados neste sábado, 3, que a população acriana já desembolsou mais de 2 bilhões de reais em impostos até o momento. A informação é do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo.


Só a prefeitura da capital já conseguiu arrecadar mais de 80 milhões de reais do total arrecadado para os cofres da União, estados e municípios. É muito dinheiro.


De acordo com a associação comercial paulista, até o momento a arrecadação de impostos em todo o território nacional é de 1,3 trilhão de reais.


Apesar de figurarmos na 22ª posição no ranking mundial dos países que mais cobram taxas dos seus cidadãos, o Brasil é o primeiro do Continente Americano em arrecadação.


Mas em termos de retorno à população em forma de serviços como saúde, educação, infraestrutura, saneamento básico, entre outros, figuramos em 30º lugar na lista do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).


O IBPT leva em conta o tamanho da carga tributária e o PIB (Produto Interno Bruto), versus o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos países pesquisados.


No topo desse ranking estão, respectivamente, Austrália, Coreia do Sul e Estados Unidos – que até 2014 figurava como o campeão da devolução aos cidadãos norte-americanos, em forma de serviços, dos valores arrecadados em impostos.


Enquanto Austrália e Coreia do Sul se deslocaram para os primeiros lugares, o Brasil se manteve estagnado na 30ª colocação.


Onerosa e ineficiente, a máquina pública brasileira gasta grande parte do que arrecada consigo mesma – em forma de salários, privilégios e o alto custo de sua manutenção.


Até setembro do ano passado, segundo o site Contas Abertas, o governo federal acumulava mais de 100 mil cargos, funções de confiança e gratificações, que representavam 16% dos mais de 618 mil servidores do Poder Executivo.


Estados e municípios seguem a mesma lógica, abrigando aliados políticos em cargos de livre nomeação.


Não bastasse isso, alguns mantêm as informações em sigilo, ou dificultam o acesso à transparência dos gastos com comissionados, como é o caso do Acre.


Quem se der ao trabalho de pesquisar a lista de servidores estaduais no Portal da Transparência do governo acriano verá que, deliberadamente, os comissionados foram misturados aos servidores efetivos. Assim sendo, se faz necessária uma verdadeira garimpagem nas informações disponíveis para se chegar ao total de gastos com os primeiros.


No final das contas, o tamanho da carga tributária brasileira decorre, principalmente, da benevolência de nossos governantes com seus apadrinhados políticos.


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