EXCLUSIVO: O ex-diretor presidente da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), Jackson Marinheiro, foi preso no final da tarde da última sexta-feira (2), após se apresentar à Delegacia de Investigação Criminal, da Polícia Civil, acompanhado de advogados.

Marinheiro se apresentou à polícia depois de ter sido informado sobre a “Operação Midas”, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre.

A operação, que contou com apoio das polícias Civil, Rodoviária Federal e do Tribunal de Contas do Estado, deu cumprimento a oito mandados judiciais de busca e apreensão, além de três inspeções em órgãos públicos de Rio Branco.

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Agentes do Gaeco e do Ministério Público vasculharam a sede da Emurb, a casa de Jackson Marinheiro, além dos escritórios de três postos de combustíveis.

Na casa do ex-diretor, no condomínio Green Garden, no bairro São Francisco, foram apreendidos um notebook e farto material, incluindo notas de empenho e notas de combustíveis.

Jackson Marinheiro, segundo o Ministério Público, comandava um esquema fraudulento de compra de combustível para a Emurb, liberando os pagamentos sem que o combustível fosse consumido, sendo o dinheiro público dividido com donos de postos de combustíveis.

A investigação do Ministério Público apurou que o ex-diretor da Emurb teria comprado, supostamente com o dinheiro oriundo da corrupção, fazendas na região de Feijó e aumentado seu patrimônio ilicitamente.

Prisão e audiência

Depois de preso, Jackson Marinheiro passou a noite em uma das celas da DIC. Na manhã deste sábado ele conduzido para audiência de custódia no Fórum Criminal, onde ficou recolhido em uma das celas até ser ouvido pela juíza plantonista Zenice Mota Cardozo.

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Enquanto prestava depoimento, familiares tentavam montar um esquema para evitar que Marinheiro fosse filmado ou entrevistado pela imprensa.

Os familiares do ex-diretor chegaram a estacionar um carro nos fundos do prédio, mas a manobra foi interrompida por ordem da juíza, que permitiu a saída dele passando pela recepção.

Ao lado dos advogados Erick Venâncio e André Neri, Jackson Marinheiro deixou o prédio do Fórum Criminal ás 13h19.

O ex-diretor da Emurb passou apressado pelo saguão e quase saiu correndo do prédio, sendo puxado pelo advogado André Neri, que chegou a questionar a presença da reportagem.

Indagado por que havia sido preso, o ex-diretor preferiu ficar em silêncio. Ele foi colocado em um carro, ocupado por familiares, e seguiu para sua casa.

A reportagem tentou ouvir os advogados, mas ambos se negaram a fazer qualquer comentário sobre a audiência.

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