Além do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que mais deve doer nos petistas foi o que mostrou o noticiário desta quinta-feira, apenas um dia após a companheira receber a notícia de que estava definitivamente afastada do cargo.
A balança comercial brasileira registrou, em agosto, um superávit de 4,140 bilhões de dólares, de acordo com a imprensa nacional. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
No acumulado de janeiro a agosto de 2016, o superávit foi de 32,370 bilhões de dólares. Trata-se do melhor resultado para o período da história.
Decorrente ou não das ações de Temer, o resultado magoa aqueles que precisam lamber as próprias feridas enquanto aguardam o pior dos mundos para os próximos meses. Pois só assim haveria, na cabecinha satânica de alguns, a possibilidade de o PT regressar ao poder com o discurso de que foram os adversários que ferraram o Brasil.
Além do saldo positivo na balança comercial, a imprensa noticia que melhorou, na avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI), as perspectivas para a economia brasileira nos meses recentes.
O documento com as impressões do FMI deverão ser apresentados na reunião do G20, o grupo dos países ricos do mundo, que será realizada na China. Michel Temer estará no evento como novo presidente da República.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, “o relatório do FMI destaca que as exportações brasileiras e a produção industrial têm reagido positivamente à queda do dólar no país e à melhora dos índices de confiança de consumidores e empresários no Brasil, que começa a se recuperar de suas baixas históricas”.
Estivéssemos sob o governo de Dilma Rousseff, essa tendência de recuperação inexistiria.
Além disso, no centro da visita de Temer à China estará em pauta a atração de investimentos chineses para projetos de infraestrutura no Brasil.
No evento, serão assinados contratos de investimentos chineses de pelo menos 10 bilhões de reais no Brasil, em setores como logística e siderurgia, segundo a imprensa nacional.
Esse tema, aliás, é caro ao senador acriano Jorge Viana (PT), que tenta, a todo custo, pegar carona na ferrovia transoceânica que o governo chinês estuda implementar entre os dois países, para escoamento de produtos que alimentam uma população que ultrapassa os dois bilhões de habitantes.
Ao petista restarão as alternativas de seguir adiante com o projeto, de braços dados com o governo de Michel Temer, ou simplesmente fazer beicinho, como a militância do seu partido.
Triste dilema, não é mesmo? Mas o pior – convenhamos – já passou.
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