Uma criança de 3 anos de idade caiu em uma fossa aberta em obra inacabada no Residencial Sol Nascente, na Vila Acre. A identidade do menor será preservada a pedido da família. Segundo testemunhas, o menor caminhava com a avó, ambos se desequilibraram e a criança caiu na caixa de esgoto. A obra de R$ 10 milhões está inacabada é do consórcio Adim-Brasil II, Programa Ruas do Povo.
A denúncia foi feita no grupo de whatsapp formado por moradores do residencial. Há relatos de que a caixa de esgoto foi aberta supostamente por famílias que fizeram a ligação do esgotamento sanitário por conta própria. A empresa responsável pela obra deixou todas as caixas fechadas, mas a ligação do saneamento ambiental nunca aconteceu.
A criança ficou com as pernas enterradas na lama podre e teve o rosto atingido pela queda dentro da caixa de esgoto. Ainda de acordo informações postada no grupo, a situação de saúde do menor é instável.
Uma das lideranças comunitárias do local, Daniel Alves, informou que o caso sobre a não conclusão das obras sanitárias já foi informado ao Ministério Público Estadual. O consórcio que venceu a licitação tinha 14 meses para concluir os investimentos. O canteiro de obras instalado na entrada do residencial foi abandonado.
Problema ambiental – A encanação clandestina feita por conta própria pelos moradores está contaminando uma área de preservação ambiental que fica localizada em um Buritizal, no fim do loteamento. No local residem cerca de dez famílias que invadiram a área há dois anos e nunca foram removidas. O caso também é de conhecimento do Ministério Público Estadual.
Os moradores procuraram na manhã de hoje (30) o DEPASA para tentar resolver a questão e responsabilizar quem fez ligação por conta própria. Segundo H. Neto, interlocutor entre o estado e a comunidade, o imbróglio ocorre por conta da compra do terreno onde será construída a estação de tratamento (ETE). “O dono está pedindo um preço fora da realidade, mas a questão já foi resolvida”, disse H. Neto.