Desde o dia 2 de dezembro de 2015, quando o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha aceitou o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, nós brasileiros temos vivido dias insustentáveis.
A grave crise econômica gestada pelo governo petista corrói os salários, eleva os preços e já extinguiu perto de 12 milhões de empregos. E a se arrastar o julgamento daquela que prefere ser chamada “presidenta”, o país não consegue avançar, com a economia sem reagir, já que os empresários brasileiros evitam gastos e os investidores estrangeiros aguardam o desfecho da trama.
Indiferente ao sofrimento de todos, Dilma Rousseff segue a repetir a ladainha do “golpe parlamentar”, a dizer-se injustiçada, honesta, etc. e etc.
E o que se viu nesta segunda-feira, 29, foi um espetáculo dantesco no Senado da República, com a presença da primeira mulher eleita presidente da República a demonstrar que não se constrange – e menos ainda se arrepende – diante do que ela e sua equipe causaram à Nação.
Dilma deveria ter nos poupado de tamanho absurdo. A renúncia certamente lhe soaria bem mais digna e grandiosa.
Mas por trás da companheira há os que insistem na mesma tese, como se a partir da mera repetição dela fosse possível obter-se resultados diferentes. Eis a síntese da loucura. O mais do mesmo dos petistas. E nada mais.
Ao se esquivar, reiteradas vezes, de responder a perguntas incômodas – e a repetir ad eternum um discurso pronto, mal decorado e vazio – Dilma demonstrou ao mundo que nada tinha a acrescentar ao que já fora martelado por seus aliados desde que se falou pela primeira vez, no final do ano passado, sobre a possibilidade de sacá-la do poder.
Portanto, nenhum acréscimo houve da parte da presidente afastada ao processo que a persegue como uma assombração obsessiva.
Como bem diz o ditado segundo o qual “o demônio mora nos detalhes”, Dilma evitou alguns, entre os quais se considera ter havido um golpe também contra Fernando Collor de Melo e se ainda tem condições de governar o país, caso seja absolvida pelos senadores.
Como bem sabem os companheiros, ela é um caso perdido. Mas ainda assim insistem na tese que o jogo pode mudar.
Junto com Dilma, está em decadência o PT, enquanto o ex-presidente Lula se agarra à ilusão de que poderá voltar à Presidência da República, nos braços do povo, nas eleições de 2018.
Tudo isso seria apenas cômico, não fosse o tamanho da tragédia em que os companheiros nos enredaram.
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