Impeachment não é golpe, até porque, nossa constituição o prescreve, mas pode resultar de uma quartelada parlamentar.
Quando estourou o escândalo do mensalão o presidente Lula contava com amplo apoio popular e uma base de apoio parlamentar bastante confiável e confiável, portanto, dois atributos importantíssimos para que ele pudesse enfrentar os estragos que o referido escândalo pudesse produzir. Do contrário, quando o marqueteiro Duda Mendonça declarou que havia recebido R$-10,00 milhões pelos serviços prestados à sua campanha, e em paraísos fiscais, seus opositores teriam se mobilizado para, no mínimo, ameaçá-lo com um processo de impeachment. E por que não?
Em primeiro lugar por que um processo de impeachment não prospera contra um governante que detenha, no seu correspondente parlamento, de uma maioria parlamentar à seu favor, qualquer que seja a natureza do crime de responsabilidade que lhes venha ser imputado. Ademais, porque no curso das tais investigações descobriu-se que o mensalão do PT secundava o mesmo crime que já havia sido praticado quando o então governador das Minas Gerais, Eduardo Azeredo, do PSDB, ao disputar sua reeleição. As semelhanças entre eles eram de tal ordem que ambos foram operados pelo mesmo “Carequinha”, como assim o então deputado federal, Roberto Jeferson, costuma se reportar ao publicitário Marcos Valério.
Pior, mil vezes pior, vem ser a situação de um governante, a exemplo do que ora está acontecendo com a presidente Dilma Rousseff, pois além de perder a maioria parlamentar que lhes dava sustentação política, boa parte migrara para a oposição, e de pronto, se colocara a favor do seu impeachment. À propósito, mais de meia dúzia de senadores que já se declararam favorável ao seu impeachment, foram seus ministros.
Antes que algum imbecil venha aventar que estou fazendo a defesa do governo da presidente Dilma Rousseff, respondo: se dependesse de mim, há mais tempo, ela já teria sido afastada do poder. Ocorre que, no regime presidencialista, diferentemente do que acontece no regime parlamentarista, o governante detém um mandato, com prazo fixo e determinado, e para afastá-lo do poder, somente após o transcurso de um longo, penoso e complicado processo de impeachment, enquanto no regime parlamentarista, basta que o seu parlamento assim decida.
No regime parlamentarista, basta que o governante se revele incompetente para possibilitar o seu afastamento do poder. Sequer se faz necessário enquadrá-lo num dos tais crimes responsabilidade.
No caso do ex-presidente Collor, o objeto que determinou seu afastamento foi à aquisição mal explicada de um Fiat-Elba, e no da presidente Dilma Rousseff, foram as tais pedaladas fiscais, diga-se de passagem, o esporte preferido e mais praticado pelos nossos governantes.
Fui contra o impeachment do então presidente Collor, sou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e caso venha se efetivar no poder, como tudo leva a crer que sim, serei contra a qualquer ameaça de impeachment contra o presidente Michel Temer. Sou contra o impeachment de qualquer governante, até porque, quando uma maioria parlamentar é formada com o propósito de afastá-lo do poder, não há escapatória. Conclusão: impeachment não é golpe, mas pode resultar de uma quartelada parlamentar.
Narciso Mendes de Assis é engenheiro civil, empresário da construção civil de das comunicações e já ocupou mandatos de deputado estadual e federal. Hoje se dedica as suas empresas de comunicação. Atualmente dirige o jornal O Rio Branco, o mais antigo do Acre.
A concessionária que administra o aeroporto de Porto Alegre informou, há pouco, que os pousos…
Viih Tube passou por um susto, na tarde desta sexta-feira, 3, e precisou ser atendida…
As seis dezenas do concurso 2.720 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário…
O Rio Branco, um dos representantes do Acre no Campeonato Brasileiro da Série D, volta…
Através de despacho publicado em 30 de abril de 2024 no Diário Oficial da União,…
Um muro construído por um síndico em um bloco do conjunto Manoel Julião virou caso…