A campanha oficial começou apenas há oito dias. Mas parte da imprensa questiona as ausências dos senadores Gladson Cameli (PP) e Sérgio Petecão (PSD) e também do presidente do DEM, Bocalom das caminhadas de Eliane Sinhasique (PMDB). O fato é que Gladson passou o final de semana gravando inserções para o programa da candidata do PMDB à prefeitura em Rio Branco. Enquanto Petecão esteve em Brasília participando de articulações da votação do impeachment no Senado. E Bocalom cuidando da sua esposa, dona Beth, que como todo o Acre sabe, está numa situação de saúde difícil. Além disso, a candidata é a Eliane que tem que correr atrás dos seus votos se quiser sonhar em vencer a eleição. Ela, assim como os outros três concorrentes, não depende de apoiadores notáveis para realizar o cotidiano da sua campanha. Marcus Alexandre (PT) não tem o senador Jorge Viana (PT) e o governador Tião Viana (PT) colado em todas as atividades de campanha que realiza. Nem Raimundo Vaz (PR) estará acompanhado de Antônia Lúcia (PR) e do deputado federal Major Rocha (PSDB) em cada ato. O mesmo vale para o candidato da Rede, Carlos Gomes, que não contará diariamente com a ex-senadora Marina Silva (REDE), na sua campanha.
A ladainha continua
O fato é que querem mostrar a desunião da oposição. Mas vamos raciocinar. Como vereador, Raimundo Vaz foi da base do atual prefeito do PT durante três anos. Resolveu ir para a oposição e se lançar candidato. O racha na realidade foi na FPA, coligação a qual Vaz fazia parte, ou na oposição, que ele integra a menos de um ano?
Cada um escolhe seu caminho
Evidentemente que Raimundo Vaz decidiu ser candidato a prefeito por convicção pessoal e por ter um projeto próprio. E daí? É um direito que ele tem como um político muito conhecido na Capital. Mas a sua candidatura não significa racha nem na FPA e nem na oposição.
Outro caso
Marina Silva sempre foi ligada à FPA e ao senador Jorge e ao governador Tião Viana do PT. A Rede resolveu lançar uma candidatura própria. Então isso significa um racha no PT e na FPA? No Acre, querem mostrar que só quem vive as contradições partidárias é a oposição. Definitivamente isso não é verdade.
Questão de independência
O PR resolveu legitimamente ter uma candidatura própria assim como a Rede. Isso faz parte do jogo democrático. O quê não é normal é a imagem de racha que querem impor apenas para um lado. É o roto falando do rasgado. Em política as divergências são naturais e resolvidas no voto.
Palco iluminado
Os apoiadores notáveis dos candidatos à prefeitura de Rio Branco irão começar a aparecer a partir da próxima sexta, 26, nos programas de rádio e TV. Ali, vão explicar porque apoiam uma ou outra candidatura. E estarão eventualmente em atividades de campanha com os seus candidatos.
Padrinhos quentes
Eliane terá ainda nos seus programas de TV o presidente interino Michel Temer (PMDB) pedindo votos. Não sei se o candidato do PT, Marcus Alexandre, irá utilizar a imagem dos seus apoiadores, ex-presidente Lula (PT) e da presidente afastada Dilma (PT) nos seus programas de TV.
Cheiro de pizza
Se as investigações sobre o escândalo da distribuição ilegal de casas da SEHAB não cair nas mãos das instâncias federais se tornará uma pizza requentada. Ninguém vai jogar contra o próprio patrimônio e envolver “peixes grandes” na história. Haverá punições apenas contra as “piabinhas” do esquema.
A real
Tampouco acredito que uma CPI resolva esse problema da distribuição irregular ds casas populares. Uma CPI na ALEAC terá nas posições chaves deputados da base governista do PT que dificilmente aceitarão trazer os “peixes grandes” para serem sabatinados pelos deputados de oposição. Na minha opinião, só a Polícia Federal e o Ministério Público Federal trarão a verdade à tona.
Racha silencioso
Não adianta querer tampar o sol com a peneira. Depois que foi “sacada” da liderança do PRB na ALEAC, a deputada estadual Dra. Juliana (PRB), mudou em relação ao deputado federal Alan Rick (PRB). Quando a gente perguntava para a parlamentar sobre Alan a resposta antes era: “um príncipe”. Agora, não é que ela diga que se trata de um sapo, mas a sua resposta se restringe a um “está lá”.
Quase morre pelo candidato
O deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) estava voltando de Assis Brasil quando sofreu um acidente serio na BR 317. Obviamente que tinha ido fazer campanha para o seu candidato Jesus Pilique (PC do B) no município. É uma das principais candidaturas dos comunistas no Acre.
Pouco Zen
Todo mundo sabe que o deputada estadual Luiz Gonzaga (PSDB) tem um guru na Índia. Mas o espiritualizado político tem perdido as estribeiras na ALEAC quando fala do Governo do PT. Agora, as denúncias são em relação a UPA de Cruzeiro do Sul, uma obra interminável, segundo ele.
Zen
O líder do Governo, deputado estadual Daniel Zen (PT) tem sido didático na sua defesa da gestão petista. Mas em alguns momentos os argumentos transcendem a lógica. Mesmo assim, Zen tem se mostrado um “companheiro fiel”, de vermelho e com a estrela no peito.
Pulmões do Povo
Li uma explicação sobre as queimadas dada pelo Governo do PT que me deixou impressionado. Segundo a argumentação, foi pedido o relaxamento da “ordem” do MPE para acabar com as queimadas no Acre para ajudar os pequenos agricultores. Agora eu pergunto: em 17 anos de governos do PT, num Estado relativamente pequeno, não conseguiram mecanizar as lavouras? O post feito por um jornalista ainda dizia que é a “elite” que se incomoda com a fumaça. Quer dizer que só a elite tem pulmão? O povão não tem pulmão?