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Eleições municipais de 2016 podem mudar o quadro político acreano

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O que está em jogo na atual disputa não são apenas as 22 prefeituras do Estado, mas o futuro político das principais lideranças partidárias que atuam no Acre. Claro que a eleição na Capital é a mais importante. Se Marcus Alexandre (PT) vencer a população estará endossando a atual gestão do governador Tião Viana (PT) que terá mais dois anos pela frente. Viana estará forte para continuar a comandar a política da FPA influenciando nas escolhas dos candidatos majoritários da coligação comandada pelo PT, em 2018. Mas se Marcus perder serão dois anos muito difíceis para o governador com a prefeitura da Capital nas mãos da oposição. Por isso, os petistas jogarão todas as suas fichas em Rio Branco que tem mais de 50% do eleitorado do Estado. O futuro do PT no Acre depende da vitória na Capital.


Outros de olho


O senador Gladson Cameli (PP) tem interesse imediato no resultado de Rio Branco. Se a candidata que apoia, Eliane Sinhasique (PMDB), vencer terá meio caminho andado para a disputa do Governo em 2018. Se tornará um postulante ainda mais forte.

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Outros de olho 2


Quem também tem interesses imediatos na disputa da Capital é a ex-deputada Antônia Lúcia (PR). Se o seu candidato Raimundo Vaz (PR) for para um eventual segundo turno, a Missionária, já sairá muito bem do pleito. Se vencer, Antônia Lúcia deve ir também para uma disputa majoritária em 2018.


Outros de olho 3


Parece que o deputado federal Major Rocha (PSDB) não jogou suas principais fichas políticas em Rio Branco, apesar de ser a sua base. Com Francineudo (PSDB) de vice, Rocha deve torcer, por uma reviravolta do atual quadro para se tornar um protagonista do pleito municipal e colher os frutos em 2018.


Outros de olho 4


Quem também torce para o seu candidato é a ex-senadora e ministra Marina Silva (REDE). Se Carlos Gomes (REDE) tiver uma boa performance nas eleições da Capital, Marina se reafirma como uma liderança política também no Acre. Quebra o paradigma de que os profetas não fazem sucesso na sua própria terra.


A turma do Senado


Em 2018, estarão em disputa duas vagas ao Senado. Jorge Viana (PT) vai apostar pesado no seu pupilo Marcus para ir bem à reeleição. Enquanto Sérgio Petecão (PSD) terá que torcer pelo sucesso de Sinhasique para se viabilizar.


Pérola do Juruá


Os governos do PT nunca conseguiram comandar a prefeitura de Cruzeiro do Sul. E não será fácil conseguir uma vitória no segundo maior município do Acre. Mas se a candidata da FPA, Carla Ivani (PSB), vencer os obstáculos, qualifica Jorge Viana e César Messias (PSB) para boas performances eleitorais em 2018 no município.


Correndo na paralela


O candidato tucano Henrique Afonso (PSDB) tem uma história em Cruzeiro do Sul. Foi um deputado federal produtivo para o município e disputou duas vezes a prefeitura. Poderá adotar um discurso de uma candidatura alternativa aos atuais comandos do PMDB na prefeitura e do PT no Governo. Se vencer Rocha sairá muito bem do pleito no Juruá com caminhos abertos para novos voos em 2018.

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A continuidade


Ilderlei Cordeiro (PMDB) conta com a força política do atual prefeito Vagner Sales (PMDB). Uma vitória sua garante uma enorme avenida para os vários prováveis candidatos da família Sales, em 2018. Vagner para o Senado, Jéssica Sales (PMDB) à reeleição da Câmara Federal e Antônia Sales (PMDB) à ALEAC.


Outros quadros


O PT têm chances reais de vencer em Mâncio Lima, com Isaac Lima (PT) e, em Marechal Thaumaturgo com Aldemir Lopes (PT). Mas novamente tudo dependerá do transcorrer das campanhas. Em municípios com poucos eleitores, às vezes, um boato pode mudar um resultado eleitoral.


Surpresas


Em Thaumaturgo, Isaac Pianko (PMDB) da etnia Ashaninka, terá que vencer preconceitos para surpreender o atual prefeito. Enquanto em Mâncio Lima, a candidatura de Wilselene Gadelha (PP), corre por fora, mas com o apoio de toda a oposição.


Chances pequenas


Vencer o candidato à reeleição Zezinho Barbary (PMDB), em Porto Walter, não será tarefa fácil para o PT. Marcos Tavares (PT) terá que enfrentar a máquina de quem está no comando da prefeitura e as gestões desastrosas de outro petista, Neuzari Pinheiro (PT) que já foi prefeito do município.


Polarização


Em Rodrigues Alves, aposto numa disputa voto a voto entre Márcio (PROS) e Sebastião Correia (PMDB). O primeiro apoiado pelo ex-prefeito Dêda (PROS) e o atual Burica (PT) e, o segundo, por todas as lideranças de oposição no Estado.


Terra do Abacaxi


O concorrente à reeleição Rodrigo Damasceno (PT) tem o apoio de toda a FPA, em Tarauacá. Enquanto Marilete Vitorino (PSD) terá os senadores Gladson Cameli e Petecão no seu palanque. Mas é bom não descartar as chances de Teka Torquato (PR).


Quadro acirrado


Talvez Sena Madureira tenha a eleição mais difícil da sua história. O candidato apoiado pelo PT é o atual prefeito Mano Rufino (PSB). Mas Mazinho Serafim (PMDB) e Toinha Vieira (PSDB) têm trabalhos prestados no município e são muito fortes. Antevejo uma disputa voto a voto.


Muito a ganhar


Tião e Jorge Viana apostam as fichas em Mano juntamente com César Messias. Flaviano Melo (PMDB) e Gladson torcem por Mazinho. Enquanto o tucano Rocha sairá fortalecido do pleito em Sena, sua terra natal, numa eventual vitória de Toinha.


Construindo bases


Tem um outro aspecto interessante nas eleições municipais que é o desempenho dos candidatos a vereadores. Praticamente todas as lideranças políticas do Estado têm os seus preferidos. Um vereador eleito num município pode ajudar em futuras campanhas a deputado estadual, deputado federal, senador e governador. Quem tiver mais vereadores eleitos nos 22 municípios acreanos estará com uma base mais forte para a disputa de futuras eleições.


 


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