O presidente da Associação dos Homossexuais do Acre, Germano Marino, fez um desabafo em sua página no Facebook relatando um processo judicial movido por um rapaz que seria seu ex-companheiro. Ele não tem o nome revelado por Germano.
Segundo o ativista gay, bastante conhecido pelas lutas a favor da causa LGBT no Acre, o rapaz, que teria convivido com ele por um período de quatro anos, exige o pagamento de R$ 17, 6 mil por considerar que Germano prejudicou sua imagem na sociedade ao tornar público o relacionamento entre ambos.
O homem teria tomado a decisão de processar o ativista depois que resolveu assumir ser heterossexual. Ele passou a viver maritalmente com uma mulher e se considera prejudicado por seu relacionamento homossexual com Germano.
“O ex resolveu ir à Justiça me processar por calúnia por falar que já fui companheiro, marido, cônjuge dele. Convivemos debaixo do mesmo teto por um período acerca de 4 anos. Era uma relação pública, tanto que há mais de 08 anos, tenho fotos de nossa convivência em rede social e milhares de pessoas conhecidas em comum. Pois o passado não se apaga do dia pra noite. A alegação é que ele convive maritalmente há 5 anos com uma mulher, e fico prejudicando ele quando afirmo que o mesmo foi meu marido, já que o mesmo alega que nunca teve uma relação homoafetiva comigo, que tudo é uma invenção, uma calúnia, que termina maculando sua honra e sua sexualidade hoje de heterossexual. Daí o valor cobrado por ele, por danos morais é de R$ 17.600,00, pra que eu pague e negue o amor que compartilhamos durante um período”, conta Germano Marino.
Germano Marino se nega a fazer o acordo porque diz que não tem necessidade de “negar uma convivência que tive. Muito menos passar a agir de má fé com a Justiça. Sou uma pessoa pública, todos os meus relacionamentos foram públicos, desde namoros, maridos e noivos. Não seria agora que iria negar minha própria sexualidade de ser gay, muito menos a quem já conviveu comigo”, completa.
O presidente da Associação dos Homossexuais diz ter provas de que viveu com o denunciante e que vai provar na Justiça. “Vou provar isso perante a Justiça, porque aos olhos de Deus isso não passará impune tamanha agressão comigo que tanto o ajudei, o apoiei, dei de mim o que não tinha pra ele ser alguém na vida. Jamais serei vítima de extorsão, porque o que fica parecendo é o interesse por dinheiro”, afirma.
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